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Semesp - Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino Superior no Estado de São Paulo |
Sistema privado propõe Plano Estratégico para a educação brasileira
Fórum Nacional da Livre Iniciativa na Educação reúne-se em Brasília e
apresenta sugestão alternativa para o Anteprojeto de Lei de Reforma do Ensino
Superior do MEC
 As entidades representativas das instituições que
integram o Sistema Privado da Educação Brasileira, reunidas no Fórum Nacional da Livre Iniciativa na
Educação, manifestaram na quarta-feira, dia 2 de fevereiro, em
Brasília, sua posição contrária à versão inicial do Anteprojeto de Lei de
Reforma da Educação Superior, formulado pelo Ministério da Educação, e
apresentaram num documento, entregue no mesmo dia ao governo, os princípios
básicos para a formulação de um Plano Estratégico de Desenvolvimento da Educação
que esteja vinculado aos objetivos, prioridades e metas do projeto de
desenvolvimento nacional.
No entendimento das mais de 140
entidades representativas das instituições que integram o Sistema Privado da
Educação Brasileira reunidas em Brasília, ?mais do que numa proposta de reforma
da educação superior, o MEC deveria empenhar-se, por meio da mobilização do
conjunto do sistema educacional brasileiro e da sociedade organizada, na
formulação de um Plano Estratégico de Desenvolvimento da Educação, como base
para que as Políticas Educacionais estejam em estreita articulação e vinculação
com os objetivos, prioridades e metas do Projeto de Desenvolvimento
Nacional?.
O documento destaca a
representatividade das entidades do setor para apresentar a proposta
alternativa, lembrando que o sistema privado tem uma participação de R$ 9,5
bilhões no PIB, representando 0,8% do total da economia, e é responsável por 71%
das matrículas no ensino superior, com mais de 2,7 milhões de alunos em suas
1.652 instituições (89% das IES brasileiras), que oferecem 86% do total de vagas
no ensino superior brasileiro, em mais de 10 mil cursos nas diferentes áreas do
conhecimento.
Para as entidades reunidas no
Fórum, não houve a efetiva participação do setor privado na elaboração da versão
preliminar do Anteprojeto de Lei de Reforma da Educação Superior, que não
considerou as contribuições dos setores que compõem o Sistema Nacional de
Educação Superior e havia estabelecido um prazo ? até meados de fevereiro ?
?exíguo e despropositado para permitir a adequada discussão e o necessário
aperfeiçoamento do Anteprojeto?.
Quanto ao mérito, o documento
diz que o Anteprojeto é falho, deixando de contemplar temas fundamentais, e no
que concerne ao sistema privado ?se mostra intervencionista, inconstitucional e
nocivo ao esforço da livre iniciativa em aprimorar os seus projetos e programas
educacionais?. Segundo o documento, há ainda ?um claro equívoco ao misturar o
papel do MEC, enquanto mantenedor das instituições federais, com seu papel
regulador do sistema. Neste sentido, o MEC procura estender às instituições
privadas sua postura de mantenedor, impondo regras e procedimentos para os quais
não possui prerrogativas constitucionais?.
Condenando o fato de o MEC ter
definido o documento como ?um projeto de Governo?, quando a Educação deve ser
uma política de Estado, as entidades do setor privado afirmam que, antes de
qualquer discussão sobre a reforma, deveriam ser analisadas sua necessidade e
oportunidade, considerando que a promulgação da Lei de Diretrizes da Educação
(LDB) ainda não completou dez anos, que o Plano Nacional de Educação não teve
seu prazo extinto, e que os resultados de várias normas ? medidas provisórias,
decretos e portarias ? ainda não
foram analisados, inclusive da nova proposta de avaliação do
SINAES.
Diante deste cenário, o Fórum
Nacional da Livre Iniciativa na Educação considera que ?o Anteprojeto de
reforma, da maneira como está apresentado, não pode ser levado ao Congresso
Nacional, por ser inoportuno, inadequado tecnicamente, eivado de
inconstitucionalidades e preconceituoso em relação à iniciativa privada. Além
disso, o açodamento da atitude do governo não dará margem a uma efetiva
discussão, ampla e democrática por parte da comunidade acadêmica e da
sociedade?.
O Plano Estratégico sugerido
pelas entidades do setor privado reunidas no Fórum deverá embasar-se em
planejamento capaz de refletir a Educação que se pretende para o País, em face
das transformações socioeconômicas, da velocidade do avanço científico e
tecnológico e da universalização do conhecimento. Deverá contemplar as atuais
preocupações da academia, do governo e da sociedade organizada em relação à
qualidade da Educação, aos mecanismos para sua avaliação e aos recursos
financeiros necessários para sua expansão, com participação substantiva do setor
privado, cuja presença tem sido indispensável para compensar a falta de recursos
do Estado na área educacional. No entendimento do setor privado, ao estabelecer
princípios e normas gerais para a educação superior, o Plano deve ser capaz de
garantir a autonomia, o financiamento, a diversificação e a necessidade de
expansão do sistema como formas de inclusão social.
Segundo a proposta, o Plano
Estratégico de Desenvolvimento da Educação deveria ser objeto de um amplo debate
para ter conseqüência legal e contemplar alguns princípios que fazem parte do
ideário defendido pelo Fórum Nacional da Livre Iniciativa na
Educação, entre eles: visão de futuro, apontando para o desenvolvimento
sócio-econômico do país; compromisso com a qualidade e com o desenvolvimento do
capital humano; respeito à livre iniciativa conforme estabelecido na
Constituição Federal; normas claras e duradouras; valorização do mérito;
garantia da autonomia acadêmica didático-científica, de gestão administrativa,
financeira e patrimonial; compromisso com o aprimoramento da educação básica e a
formação de professores; avaliação do sistema educacional abrangente, isenta e
que identifique as diversidades e particularidades dos sistemas educacionais;
regulamentação dos processo de credenciamento e avaliação da educação a
distância; definição das modalidades de formação; compromisso com o
desenvolvimento da pós graduação, com a cooperação nacional e internacional e
com o conhecimento e inovação; e a discussão do binômio formação
acadêmica/exercício profissional.
Mais informações sobre
esta sugestão de pauta:
Renata
Melo Segmento Comunicação Integrada Assessora de
Comunicação Tels.: (11) 3039-5655 ou 3039-5600 ? R. 213 renatamelo@segmentocomunicacao.com.br www.segmentocomunicacao.com.br |
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