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EADS - European Aeronautic Defence and Space Company |
Tecnologia avançada combate sofisticação do crime
Utilização de tecnologias inovadoras possibilita às forças policiais acesso a sistemas de comunicação que não podem ser decodificados
Cada vez mais as autoridades de segurança pública brasileira se deparam com o crescente grau de sofisticação do crime organizado - que hoje tem à sua disposição meios de se antecipar aos movimentos da polícia, interceptando suas comunicações. A imprensa tem registrado semanalmente casos de assaltos a condomínios em que os bandidos, utilizando equipamentos capazes de interceptar a freqüência de rádio da polícia, sabem exatamente o momento em que sua ação foi descoberta. Este fator, conjugado à atual falta de integração dos diversos órgãos públicos que atuam no combate a atividades ilícitas, torna cada vez mais necessária a reorganização das polícias e a adoção de soluções tecnológicas que permitam fazer frente aos desafios de hoje.
Atualmente, a quase totalidade das comunicações das polícias brasileiras é feita de forma analógica - o que não só compromete sua segurança e seu alcance, mas também impossibilita a integração de voz e dados em uma mesma comunicação. Os sistemas de radio-comunicação utilizados por forças de segurança pública devem ser capazes de serem empregados em condições de propagação de sinal tanto boas quanto ruins; de coexistir com outros sistemas; de oferecerem sigilo total; de cobrirem áreas geográficas extensas; e de disporem de um modo direto de comunicação (o chamado "walkie-talkie") eficiente.
Atenção especial também deve ser dada às redes de radiocomunicação, que devem possibilitar a integração com outras redes já implantadas e o compartilhamento de uma mesma infraestrutura por diferentes órgãos - possibilitando a rápida circulação de informações dentro das organizações de segurança. De acordo Gílson Martins, diretor no Brasil da EADS Defence and Communications Systems (DCS), divisão responsável pelo desenvolvimento de soluções integradas tanto para forças armadas quanto de segurança pública, a integração das tarefas de órgãos como polícias, bombeiros e defesa civil é indispensável para que esse fluxo ocorra de forma ágil e eficiente - permitindo a pronta identificação de criminosos ou de carros roubados com base na pronta consulta aos bancos de dados dos órgãos competentes. E isso só pode ser viabilizado por meio de tecnologias de comunicações que permitam à infra-estrutura de comando e controle operar também de forma integrada, além de segura. "Atualmente, cerca de 90% das comunicações policiais é feita de forma analógica, dificultando as ações de comando e controle", afirma.
Dentre as tecnologias disponíveis atualmente, duas são específicas para esse tipo de comunicação: a professional mobile radio (PMR), exclusiva da Polícia Militar, e a public access mobile radio (PAMR), utilizada pela rede Nextel. Esta última, desenvolvida para um mercado de massa e não para uma atividade mais específica, vem enfrentando cada vez mais a concorrência das redes de telefonia celular.
As redes PMR existentes hoje no mercado são tanto analógicas quanto digitais; estas últimas, que representam apenas 4% do mercado, levam vantagem nas comunicações de órgãos de segurança por serem mais seguras, disporem de mais funcionalidades e possibilidades de aplicações de dados, e de oferecerem uniformidade de qualidade em toda sua área de cobertura. Em situações de crise, como nos atentados terroristas em Nova York (2001) e Madri (2004), as redes de comunicação não podem ficar sobrecarregadas - daí a necessidade de serem adotadas redes privativas, e não públicas; e de se utilizarem redes troncalizadas (que diferem das convencionais ao não ter seus canais de rádio dedicados aos usuários ou a determinados tipos de comunicação).
Atualmente são comercializadas três redes PMR digitais e dedicadas: Tetrapol, Apco 25 e Tetra, que detém, respectivamente, 46%, 22% e 14% do mercado. O sistema comercializado pela EADS utiliza o padrão Tetrapol, e é empregado por diversas forças de segurança pública ao redor do mundo - incluindo a Guarda Civil da Espanha, a Gendarmerie da França e as forças de paz da Organização das Nações Unidas (ONU) e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) em Kosovo, na república da Sérvia e Montenegro.
De acordo com Martins, a Polícia Federal brasileira já se decidiu pelo Tetrapol, em um investimento da ordem de US$ 8 milhões: "A implantação do sistema severá ser iniciada em breve, devendo o primeiro módulo da rede estar operacional até o final de 2004", anunciou o diretor durante o workshop "O desafio das comunicações nas operações de segurança pública", realizado em 18 de maio último para a imprensa especializada em São Paulo.
Sobre a EADS
A EADS DCS integra a EADS Defesa e Sistemas de Segurança, que oferece soluções integradas tanto para forças armadas quanto de segurança pública, e atua nas áreas de aeronaves militares, mísseis, ISR, defesa eletrônica, sensores e aviônicos, sistemas de comando, controle e comunicações, e serviços relacionados. A divisão registrou no ano passado receitas de US$ 6,05 bilhões.
A EADS é líder global nos mercados aeroespacial e de defesa. O grupo, que registrou receitas de US$ 37,627 bilhões em 2003, ocupa posições de liderança nos mercados mundiais de aviação comercial (Airbus), aviação militar (CASA - Construcciones Aeronauticas S.A), helicópteros (Eurocopter), espaço (Ariane, Astrium), e sistemas de defesa (MBDA). A empresa detém um amplo e diversificado escopo de produtos e desenvolve permanentemente parcerias locais, através de sua rede de 35 escritórios internacionais, três deles localizados na América Latina (São Paulo, Santiago e Cidade do México). No Brasil, a EADS mantém investimentos há 26 anos, tendo iniciado sua presença por meio da Helibras; é acionista da Embraer e desenvolve parcerias de longo prazo com diversos clientes, como a TAM, as Forças Armadas, a Polícia Federal e as forças policiais estaduais.
Segmento Comunicação Integrada Sérgio Lopes Siscaro (MTb 25.825) Assessor de Comunicação EADS e-mail: sergio@segmentocomunicacao.com.br fone: 11 3039.5655
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