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A incomparável mulher do século 21

(*) Heloisa Capelas

Quando Moisés decidiu buscar a Terra Prometida, pediu aos seus colaboradores que reunissem, nessa ordem, todos os homens aptos, os aleijados, velhos, crianças, animais e finalmente... as mulheres. Esse pequeno registro nos dá uma idéia do conceito da mulher naquele período da humanidade: vínhamos em último lugar, valíamos menos do que os animais.

A imagem feminina foi construída de diferentes maneiras ao longo da História das civilizações. De deusas ou sacerdotisas nas sociedades do mundo antigo, dotadas de poder para influenciar na política, na guerra e no amor, a mulher passou a ser considerada como um ser inferior, e até diabólico, no período entre a decadência do poder greco-romano e o início da civilização judaico-cristã. Especialmente a partir do momento em que a Igreja romana passou a influenciar os conceitos ocidentais sobre o masculino e o feminino, o certo e o errado, a virtude e o erro, a imagem da mulher foi associada à fraqueza, submissão e ao pecado. A possibilidade de seduzir os homens, a capacidade de gerar filhos e até a própria menstruação eram provas de que algo de diabólico existia na mulher. Deus nos havia criado para testar a pureza e a superioridade masculina.

Embora no começo do século passado o feminino tenha tomado corpo, foi especialmente a partir da Segunda Guerra Mundial que a mulher passou a ser valorizada e respeitada. Afinal, os homens estavam ausentes, mortos ou mutilados e a economia em reconstrução necessitava da mão-de-obra feminina. A mulher já não era mais a mãe, a santa ou a pecadora, mas aquela que trazia o alimento para casa e salvava a todos. Assim como o respeito pela mulher, a auto-estima feminina aumentou.
Porém, foi preciso mais de um movimento para que mulher quebrasse a corrente de humilhação, servidão e relação com o pecado que acompanhou sua trajetória ao longo da História. Somente depois da pílula anticoncepcional e da possibilidade de viver plenamente a sua sexualidade é que a mulher sentiu-se capaz de sair da servidão e do último lugar, dando origem ao movimento feminista.

Nesse movimento a mulher foi para o outro extremo. Passou a competir e a se portar exatamente como os homens fizeram ao longo da História da humanidade. Contudo, já vimos que não deu certo tomar como modelo o comportamento masculino. Hoje temos doenças que antigamente só os homens adquiriam. Estamos morrendo mais cedo do que deveríamos. Sobrecarregamo-nos com trabalho e ainda precisamos provar nosso valor com mais estudo, mais dedicação, maior carga horária e menor salário. A família ainda é problema feminino e não há mulher que não sinta culpa por deixar seu filho na creche, com a babá, com os avós, ou mesmo na mão do pai. A mulher não aprendeu a pedir, nem a estabelecer limites. Muito menos a se conhecer e saber de suas possibilidades e competências.

Ainda que tenha conseguido ocupar o seu lugar no mundo, a mulher chega ao século 21 cheia de culpas, medos e uma forte necessidade de provar o seu valor e, por isso mesmo, de atender a expectativas cada vez mais exigentes e exageradas. À mulher ainda não foi ensinado que deve se apropriar das suas características e das suas possibilidades. E que, por ser mulher, deve ocupar um outro lugar, e não o lugar dos homens.

Precisamos de um novo feminismo, que valorize o feminino e re-avalie o papel da mulher junto com o seu querer. Só que, desta vez, não precisamos de um movimento de massa, nem da grande revolução, mas de descobertas internas possíveis, constantes e que não nos causem medo. Um movimento íntimo, pessoal e intransferível, para que possamos ocupar o nosso lugar no mundo com integridade, leveza e beleza, e com mais possibilidades de sentir alegria, bem estar e prazer, sem medo e sem culpa.

Para começar, o feminismo no século 21 exige auto-conhecimento, saber quem somos, de onde viemos e por que estamos aqui. O segundo passo é a reeducação emocional, para resgate da auto-estima e do feminino. E, finalmente, experimentar novos comportamentos, como o perdão pelo passado e a construção do presente, para gerar um novo futuro.

A mulher do século 21 tem pela frente muito trabalho para se construir. Mas agora ela tem milhões de possibilidades de reconhecimento, aceitação, alegria, prazer e direito à felicidade. Ela é ativa, batalhadora e centrada. Mas é também sábia e amorosa, realizada e contribuinte. Precisa ser construída de forma delicada e gentil, e desta vez não pelos homens. Porque a mulher do século 21 não é nem melhor, nem pior. Nem mais, nem menos. Nem muito, nem pouco. Ela é única, indivisível e incomparável.

(*) Heloísa Capelas é especialista em reeducação emocional, diretora terapêutica do Centro Hoffman

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