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EADS - European Aeronautic Defence and Space Company |
Resultados da EADS refletem perdas da Airbus
Todas as divisões registraram aumento de faturamento, devido ao recorde de entregas
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Aumento no faturamento para € 39,4 bilhões, devido ao recorde de entregas, e 30% de aumento nas receitas de Defesa
Experimentando um momento comercial muito intenso, a European Aeronautic Defence and Space Company - EADS (sigla no mercado de ações: EAD) registrou um aumento de faturamento em todas as suas divisões. A alta taxa de entregas proporcionou receita de € 39,4 bilhões — uma alta de 15% (em 2005, o número foi de € 34,2 bilhões). Pela primeira vez o Grupo alcançou a marca de € 10 bilhões nos rendimentos derivados da área de Defesa. Em 2006, a EADS atingiu um EBIT* de € 399 milhões (em 2005 o índice foi de € 2,9 bilhões). O impacto dos A380, A350 e A400M, combinados com a desvalorização do dólar americano frente ao euro, levaram a Airbus a perdas, que foram compensadas pelo forte EBIT* de outros negócios da EADS.
As dificuldades da Airbus ofuscaram a entrada de encomendas de 790 aeronaves, o recorde de entrega de 434 aeronaves, o lançamento do programa A350XWB e o sucesso da certificação do A380. A Eurocopter vivenciou um excelente ano em um ambiente de mercado extremamente favorável com um nível inédito de 615 novos pedidos de helicópteros. Essa divisão também quebrou um paradigma com a compra dos UH-72A Lakota pelas Forças Armadas dos Estados Unidos. Em 2006 a Eurocopter entregou um total de 381 helicópteros, o maior volume em toda a história da empresa. A EADS Astrium melhorou significativamente sua lucratividade e obteve encomendas importantes de satélites e sistemas como o SatComBW, o principal programa de comunicação por satélite na Alemanha. A Divisão de Defesa e Segurança melhorou sua performance e conseguiu oportunidades de negócios em áreas como de redes seguras, criando assim uma base sólida para um contínuo aprimoramento.
O forte aumento do faturamento, da ordem de € 39,4 bilhões, foi possível pelo desempenho de todas as divisões, em particular pela grande quantidade de entregas da Airbus e da Eurocopter. A contribuição da EADS Astrium veio principalmente de um aumento da produção do Ariane 5 e do desenvolvimento dos sistemas de mísseis balísticos e da Paradigm. Na EADS Defesa e Segurança, o faturamento cresceu graças ao Eurofighter, aos negócios de mísseis e de Rádio Móvel Profissional. Todas as etapas vencidas no programa A400M (incluindo as de 2005) levaram a um maior faturamento da divisão de Aeronaves de Transporte Militar.
O EBIT* total de 2006 foi de € 399 milhões (em 2005: € 2,852 milhões), em grande parte afetado pelo impacto dos atrasos do A380, despesas relativas ao A350, altos custos com Pesquisa & Desenvolvimento (R&D) e as perdas da EADS Sogerma. Além disso, os índices de hedge do Grupo EADS atingiram um nível médio menos favorável: de € 1 = US$ 1,12 (em 2005: €1 = US$ 1,06). Esses fatores negativos foram em parte compensados pela melhora significativa da contribuição da produção em série da Airbus e dos helicópteros do Grupo, negócios de espaço e defesa, e uma menor contribuição de uma mudança na contabilidade das pensões. O lucro líquido do Grupo diminuiu para € 99 milhões (2005: € 1,676 milhões), ou € 0,12 por ação (2005: € 2,11) e reflete principalmente o desenvolvimento do EBIT* do Grupo.
Focada no futuro, a EADS investiu mais de 6% do seu faturamento em P&D. Em 2006, estas despesas aumentaram para € 2,458 (em 2005: € 2,075 milhões) principalmente em razão da continuidade dos programas de desenvolvimento de aeronaves da Airbus e de um esforço maior de Pesquisa e Tecnologia (R&T) em todo o Grupo.
O Fluxo livre de caixa incluindo o financiamento a clientes permaneceu alto, em € 2,029 milhões (2005: € 2,413 milhões), como um desenvolvimento desfavorável do capital humano foi compensado pela maior diminuição de recursos para o financiamento a clientes. O fluxo livre de caixa antes do financiamento a clientes foi de 869 milhões (2005: € 2,239 milhões).
O caixa líquido de € 4,2 bilhões (final de 2005: € 5,5 bilhões) sofreu o impacto da aquisição de 20% das ações da BAE Systems na Airbus e do pagamento de dividendos. Ajustado para o pagamento one-off desse ajuste financeiro da Airbus, sua posição foi melhorada, assinalando a força da retomada do negócio principal.
A entrada de pedidos da EADS acumulou € 69 bilhões (2005: 92,6 bilhões). Em relação a novos pedidos, a Eurocopter registrou um novo recorde em 2006 (39% a mais que o recorde anterior, em 2005), a Airbus teve o segundo melhor ano de sua história e a EADS Astrium também registrou uma boa performance no período.
No final de dezembro, os pedidos em carteira registravam € 262,8 bilhões (final de 2005: € 253,2 bilhões). As contribuições das atividades de aeronaves comerciais foram baseadas em preços de lista. O aumento dos pedidos em carteira em relação a 2005 foi alcançado, apesar de um impacto de € 17 bilhões devido à taxa de câmbio (€/US$) pouco favorável. Os pedidos em carteira de defesa do Grupo também registraram um incremento e permaneceram em € 52,9 bilhões em 31 de dezembro de 2006 (final de 2005: € 52,4 bilhões).
Em sua próxima reunião a Diretoria da EADS discutirá uma proposta de distribuição de dividendos para ser apresentada na Reunião Anual de Acionistas da EADS.
Previsões
De acordo com o seu orçamento interno para 2007, a EADS projeta que seu faturamento passará por um decréscimo de um único dígito (principalmente em razão da previsão da taxa de câmbio €/US$ de 1,30), e que seu EBIT* continuará fortemente estável neste ano.
Ajustado para um cenário de estabilidade do dólar americano, o faturamento da Airbus deve permanecer no mesmo nível, baseado nas entregas de 440 a 450 aeronaves que serão realizadas durante o ano, e apesar das poucas contribuições do A400M. A Airbus apresentará outra perda substancial em 2007, atribuída às mudanças reestruturais do Power8, custos adicionais de desenvolvimento do programa A380, despesas potenciais de lançamento do A350XWB, gastos mais altos com pesquisa e desenvolvimento, bem como o impacto da deterioração da paridade do dólar americano frente ao euro.
Enquanto isso, os negócios com helicópteros, defesa e espaço devem registrar faturamentos estáveis, e podem aumentar coletivamente suas contribuições para um EBIT* combinado, previsto para cerca de € 1 bilhão ainda em 2007.
A contribuição do fluxo livre de caixa da Airbus em 2007 poderá levar o fluxo de caixa do Grupo para € -1 bilhão. Entretanto, a volatilidade dos componentes do capital humano podem provocar mudanças substanciais nesse número.
A médio prazo, os seguintes fatores devem confirmar as previsões da EADS:
Atualmente espera-se que as entregas de aeronaves continuem a aumentar, ainda que a nível reduzido. O faturamento da Airbus será afetado principalmente pela deterioração do mix e do preço de pedidos recentes, em parte por causa de pressões de competitividade.
As despesas com Pesquisa e Desenvolvimento estão planejadas para crescerem gradualmente, em função do desenvolvimento do A350XWB e pelo gasto crescente em Pesquisa e Tecnologia.
Em relação às mudanças na administração da Airbus e à volatilidade de custos resultante de recentes problemas industriais nos programas, a empresa está trabalhando para estabelecer um plano satisfatório de longo prazo para a Airbus, e está concentrada na reformulação de sua base de custos, para atingir o índice médio de um dígito nas margens do EBIT*.
Todos os outros negócios estão previstos para aumentar seus respectivos faturamentos e suas contribuições conjuntas ao EBIT* nos próximos anos.
A EADS está comprometida em melhorar as margens do EBIT* do Grupo, embora em níveis mais baixos que a margem alcançada em 2005.
(*) A EADS utiliza EBIT (lucros antes de juros, impostos, amortização de valores de fundo de comércio e extraordinários) como um indicador chave de sua performance econômica. O termo “extraordinários” refere-se a lucro ou despesas de natureza não recorrente, tais como despesas de amortização de ajuste de valores relativos a fusões da EADS, à Airbus Combination e à formação da MBDA, assim como gastos com prejuízos.
Sobre a EADS
A EADS é líder mundial nos segmentos aeroespacial, de defesa e serviços relacionados. Fazem parte do Grupo EADS a fabricante de aeronaves AIRBUS; a EUROCOPTER, maior fornecedor mundial de helicópteros e a joint venture MBDA, um dos principais produtores de mísseis no mundo. A EADS é também integrante majoritária no consórcio Eurofighter, contratante principal para o lançador de satélites Ariane, está desenvolvendo a aeronave de transporte militar A400M e é o maior parceiro industrial do sistema europeu de navegação por satélite Galileo.
No Brasil, a EADS mantém investimentos há 29 anos, tendo iniciado sua presença por meio da Helibras. Atua no país através da EADS Brasil e da EADS Secure Networks Brasil. É acionista da Equatorial Sistemas e desenvolve parcerias de longo prazo com clientes como a TAM, Forças Armadas, Polícia Federal, Agência Espacial Brasileira (AEB), Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e as forças policiais estaduais.
Mais informações
Segmento Comunicação Integrada Wagner Gonzalez
Melissa Vieira
Assessores de Comunicação EADS
fone: 11 3039.5655 wagner@segmentocomunicacao.com.br
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