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LIBBS Farmacêutica |
Psiquiatria clínica é abordada em livro
A obra em lançamento pela Libbs Farmacêutica orienta médicos psiquiatras em seu dia-a-dia e ressalta a importância do envolvimento afetivo com o paciente
Psiquiatria clínica Marcelo Caixeta
Co-autor: André Iorio
Colaboradores: Claudio Reimer, Elma Linhares, Fernando Cezar Oliveira Costa, Francisco Baptista Assumpção Jr., Léo Machado, Luciana Hanna, Magno da Nóbrega, Marcelo Hanna, Marcelo Trindade, Moysés Chaves, Paulo Verlaine Borges e Azevedo, Lucena Rosa
A Libbs Farmacêutica lançou o livro Psiquiatria clínica, de Marcelo Caixeta, médico-consultante em Psicologia Médica, especialista pela Associação Brasileira de Psiquiatria e pós-graduado pela Universidade de Paris. Com 384 páginas, o volume é dirigido a psiquiatras e aborda os principais aspectos da prática da psiquiatria clínica, com apresentação e discussão de muitos casos clínicos, detalhamento dos principais distúrbios psiquiátricos e orientações quanto às diferenças entre quadros clínicos aparentemente próximos uns dos outros (o chamado diagnóstico diferencial). ?Este livro?, explica o autor, ?focaliza sua atenção sobre algumas questões diagnósticas mais freqüentes e mais complexas da prática psicopatológica. É voltado para o médico que tem de diagnosticar doenças de difícil delimitação, mesmo sendo escrito em linguagem simples para o clínico?.
Sempre baseando suas idéias em grandes estudiosos da psiquiatria, como Henri Wallon e Vygotsky, Caixeta faz uma comparação entre a prática clínica atual e a do passado, apontando que, com os modernos tratamentos, ?a morbidade e a mortalidade das doenças é bem menor e isso torna possível um seguimento a bem mais longo prazo?. Hoje há equipes multidisciplinares mais bem treinadas para tratar o paciente, que realizam um trabalho mais humanístico.
O médico esclarece que problemas como o alcoolismo e dependência de drogas, em muitos pacientes, estão relacionados com depressão e esta precisa ser tratada farmacologicamente. Caixeta ressalta, ainda, a relação dos transtornos de hiperatividade com a delinqüência, toxicomania e as personalidades anti-sociais (muitos meninos de rua, problema crônico no Brasil, poderiam ser enquadrados dentro destes critérios). Além disso, segundo o médico, a hiperatividade está associada a distúrbios alimentares, como a bulimia e o comer compulsivo.
Marcelo Caixeta também procura desmistificar algumas doenças como a esquizofrenia: ?Ela se manifesta de várias maneiras, às vezes de modo muito sutil e leve, ao contrário do que a população imagina. As pessoas acham que é sempre loucura e sempre grave?. Sobre os distúrbios afetivos, como mania e depressão, o médico afirma que nem todos os casos são diagnosticados e tratados convenientemente, redundando muitas vezes em suicídio, acidentes etc. Histeria, fobia e psicoses agudas são exemplos de outras doenças relatadas.
O livro aborda o papel fundamental da história clínica e da psicofarmacologia como instrumentos terapêuticos, principalmente para dirimir dúvidas nos diagnósticos mais difíceis. Aponta ser essencial, ainda, a compreensão da inter-relação entre os fatores biológicos e psicossociais para o entendimento de cada caso clínico, além da visão abrangente e o conhecimento clínico concreto que o profissional deve ter, em oposição à superespecialização. O livro traz contribuições originais do autor e seus colaboradores, fugindo da corriqueira compilação e lugares-comuns. Há, inclusive, descrições de três doenças psiquiátricas ainda não classificadas, como a Psicose de Angústia-Perplexidade tipo Conrad, as Psicoses Referenciais e uma Síndrome de Imaturidade Psicológica Masculina, de início precoce, cursando com obesidade, paranóia, tendência à indiferenciação sexual.
Psiquiatria clínica é fruto de um trabalho de 25 anos na medicina denominada pelo autor de ?frente de batalha?, ou seja, um contato ininterrupto com pacientes de um serviço hospitalar de Psicologia Médica. O livro procura reafirmar a importância da empatia, do envolvimento e do contato afetivo com o paciente. ?Sem este relacionamento, sem deixar de lado a postura estritamente observacional, não há como fazer um bom diagnóstico e estabelecer uma boa relação terapêutica, e sem isto não há como fazer uma boa psiquiatria?, finaliza Caixeta.
O livro foi distribuído durante o último Congresso Brasileiro de Psiquiatria, realizado em Salvador (BA).
Outras informações sobre esta sugestão de pauta:
Renata Melo e Ana Carolina Prieto Segmento Comunicação Integrada Assessoras de Comunicação (11) 3039-5655 ou 3039-5600 r. 213 e 273 renatamelo@segmentocomunicacao.com.br carolprieto@segmentocomunicacao.com.br |
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