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LIBBS Farmacêutica |
Estudos consolidam quimioterapia para o tratamento do câncer de próstata
Quimioterapia com docetaxel em pacientes com resistência ao tratamento hormonal tradicional aumenta a sobrevida global e melhora a qualidade de vida
O uso de quimioterapia no tratamento do câncer de próstata é mais um avanço recente do tratamento oncológico. Dois grandes estudos internacionais demonstraram pela primeira vez o benefício do uso da medicação docetaxel no tratamento de pacientes com câncer de próstata avançado, já resistente ao tratamento hormonal tradicional. O câncer de próstata, quando avançado, pode ser tratado com hormônios, entretanto, os resultados são temporários e, depois de um período de dois a seis anos, a doença progride e se torna resistente a esse tratamento, levando os pacientes ao óbito. Como a doença ocorre em geral em pacientes idosos (acima dos 60 anos), havia um certo receio por parte da classe médica de que a quimioterapia pudesse ser agressiva e ineficaz. Porém, dois estudos que empregaram o docetaxel demonstraram que esse agente quimioterápico, já usado no tratamento dos tumores de pulmão e mama, é efetivo e seguro.
O câncer de próstata é a segunda causa de óbitos por câncer em homens, sendo superado apenas pelo de pulmão. Para 2006, estima-se a ocorrência de 47.280 casos novos para este tipo de câncer. A neoplasia de próstata aumenta com o fator idade, comprometendo aproximadamente metade dos homens aos 80 anos de idade. “Atualmente, um dos grandes desafios da urologia neste milênio será poder definir com exatidão o comportamento biológico desses tumores. Enquanto alguns deles apresentam uma evolução insignificante, permitindo propostas terapêuticas pouco agressivas, ou mesmo simples observação. Em outras situações apresentam-se muito agressivos, com progressão independentemente da forma de tratamento adotado”, afirma o Dr. Márcio D’Imperio em artigo publicado no Manual de Oncologia – 2ª Edição, lançado recentemente pela Libbs Farmacêutica.
Cerca de 70% dos pacientes com câncer de próstata avançado apresentam comprometimento ósseo pela extensão da doença (metástases ósseas) durante sua enfermidade. Essas metástases, por sua vez, provocam dor acentuada, incapacidade funcional e sofrimento nos pacientes afetados, contribuindo sobremaneira para a perda da qualidade de vida e também para o aumento da mortalidade pela doença. O tumor também pode acometer o fígado e os pulmões, além de provocar insuficiência renal e infecções do trato urinário, devido à compressão da uretra e bexiga.
“O tratamento do câncer da próstata depende da extensão da doença. Para a doença localizada, a cirurgia (prostatectomia radical), a radioterapia e até mesmo uma observação vigilante sem tratamento (em algumas situações especiais) podem ser as opções oferecidas. Para a doença localmente avançada, a radioterapia ou uma combinação de radioterapia e hormonioterapia têm sido usadas. Para a doença metastática, o tratamento de eleição é a hormonioterapia, seguindo-se a quimioterapia, em casos de progressão ao tratamento hormonal”, explica o Dr. José Renan Queiroz Guimarães, médico oncologista clínico do Hospital da Beneficência Portuguesa de São Paulo e médico associado ao Centro de Hematologia e Oncologia do Hospital Samaritano de São Paulo. Segundo ele, quando o paciente desenvolve resistência ao tratamento hormonal tradicional, ocorre a chamada hormoniorrefratariedade.
Segundo ele, existem várias possibilidades de tratamento quando ocorre homoniorrefratariedade, mas que não atendem completamente às expectativas dos oncologistas. O médico oncologista Dr. José Luiz Miranda Guimarães, presidente da Sociedade de Cancerologia do Rio Grande do Sul acrescenta que “recentemente, a quimioterapia tem sido explorada por muitos investigadores, sugerindo benefícios reais até então duvidosos em câncer de próstata metastático”, afirma ele em artigo publicado no Manual de Oncologia – 2ª Edição.
Estudos recentes consolidaram o docetaxel (produzido pela Libbs com o nome de Docelibbs) como droga-padrão para o câncer de próstata hormoniorrefratário. Um estudo multiinstitucional, publicado no New England Journal of Medicine, comparou docetaxel (dois esquemas de administração: semanal e a cada 21 dias) com mitoxantrona combinados com a prednisona. Mil e seis pacientes de 24 países foram recrutados num período de dois anos, com o objetivo de avaliar a sobrevida global e a qualidade de vida. O grupo que recebeu docetaxel teve mais respostas em termos de diminuição da intensidade da dor, taxa de resposta do PSA e aumento da sobrevida global. Ou seja, em todos os parâmetros avaliados, os pacientes foram beneficiados com o uso de docetaxel e prednisona a cada 21 dias.
Outro estudo, conduzido pelo Southwest Oncology Group, comparou docetaxel e estramustina a mitoxantrona e prednisona. Dos 770 pacientes recrutados, 338 utilizaram o docetaxel e 336, mitoxantona. O estudo demonstrou que houve diminuição de 20% do risco de morte e aumento de 27% na sobrevida livre de progressão para o grupo de doentes que recebeu docetaxel e estramustina.
Sobre a Libbs Oncologia A Libbs Farmacêutica está no mercado de oncologia desde julho de 2004, quando inaugurou uma unidade exclusiva de produção, em que foram investidos cerca de U$ 2,5 milhões. Ao realizar toda a cadeia de produção de quimioterápicos no Brasil, a Libbs facilita o acesso dos pacientes aos medicamentos oncológicos, reduzindo os custos do tratamento e evitando a burocracia da importação. Em abril de 2005, a Libbs adquiriu as operações da multinacional australiana Mayne Pharma do Brasil, importante fabricante de medicamentos oncológicos. O negócio incluiu, além da comercialização da linha de produtos da Mayne, a transferência de tecnologia para a produção local de drogas oncológicas.
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Ana Carolina Prieto
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