EADS - European Aeronautic Defence and Space Company

A EADS ? European Aeronautic, Defence and Space Company ? anunciou hoje ter iniciado o ano de forma bastante positiva, ao registrar no primeiro trimestre lucro líquido de ? 49 milhões ? alta de 75% ante os ? 28 milhões contabilizados no mesmo período de 2003. O Ebit (lucro antes de despesas e impostos) verificou evolução de 52% entre um ano e outro, passando de ? 130 milhões para ? 198 milhões. As receitas do grupo também apresentaram  considerável evolução, passando de ? 5,52 bilhões no primeiro trimestre do ano passado para ? 6,031 bilhões no período correspondente de 2004 ? o que representa uma alta de 9%.

?Os resultados do primeiro trimestre confirmam nossas metas para este ano. Para o médio prazo, estamos bastante confiantes em nossas perspectivas de crescimento ? nós já percebemos melhorias no mercado de aviação civil, o que deverá  se acelerar em 2005. E nossos negócios na área de defesa continuarão a incrementar suas contribuições?, afirmaram os CEOs do grupo, Philippe Camus e Rainer Hertrich, ao divulgarem os resultados da EADS durante a feira ILA 2004, realizada na Alemanha.

?Nós estamos excepcionalmente bem posicionados para nos beneficiarmos totalmente da esperada retomada do mercado. A EADS está a caminho de alcançar novos patamares; todos os negócios atingiram resultados animadores. O A380 começou a ser montado, os negócios da área de defesa estão colhendo os resultados das sinergias entre nossas operações e das alianças transatlânticas, e, no segmento espacial, estamos construindo um lucrativo negócio que contribui para todo nosso portólio?, complementaram Camus e Hertrich.

De acordo com o diretor geral da EADS Brasil, Eduardo Marson, esses números demonstram a solidez do portfólio de produtos oferecidos pelo grupo, bem como sua capacidade de aproveitar as oportunidades do mercado ? a exemplo da recente venda do avião presidencial ACJ. O executivo acrescenta que o grupo pretende continuar elevando sua participação no mercado brasileiro e estabelecendo parcerias com indústrias locais.

Destaques

(1) Lucro antes de despesas e impostos.

(2) Lucro antes do pagamento de juros, impostos, depreciação e amortização.

Divisões

A Airbus apresentou crescimento de 9% em sua receita no primeiro trimestre de 2004, na comparação com o mesmo período do exercício anterior -  passando de ? 3,775 bilhões para ? 4,126 bilhões. Seu Ebit registrou alta de 34,9%, evoluindo de ? 166 milhões para ? 224 milhões. Esse desempenho é explicado por seu mix favorável de aeronaves e pela entrega de 67 aviões no período (ante 65 entregas entre janeiro e março de 2003). A carteira de pedidos da Airbus totalizava no final de março de 2004 o montante de ? 140,9 bilhões, referente a 1.397 aeronaves.

O segmento Espaço apresentou alta de 13% em sua receita, que evoluiu de ? 403 milhões para ? 457  milhões, devido principalmente aos serviços Paradigm. Já o resultado negativo de seu Ebit foi reduzido de ? 21 milhões em 2003 para ? 11 milhões este ano. A carteira de pedidos da divisão somava, ao término do primeiro trimestre, ? 8,1 bilhões.

Já as áreas militares e de segurança, que integram as divisões Aeronáutica, Sistemas de Defesa e Segurança e Aeronaves de Transporte Militar, são sujeitas a fortes influências sazonais ? suas receitas são sempre significativamente mais expressivas no final do ano. A divisão Aeronáutica apresentou Ebit de ? 10 milhões e receitas de ? 645 milhões, resultados inferiores aos de 2003; apesar do bom desempenho da Eurocopter, esta área de negócios foi  impactada com os custos de reestruturação da EADS Sogerma Services (estimados em ? 5 milhões) e com desaceleração do mercado de manutenção em aeronaves civis e serviços relacionados. Sua carteira de pedidos totalizava ? 10 bilhões em 31 de março de 2004.

A área de Aeronaves de Transporte Militar reduziu o prejuízo de seu Ebit na comparação com 2003, passando de ? 11 milhões para ? 8 milhões; já sua receita apresentou alta de 5%, passando para ? 101 milhões. Sua carteira de pedidos era de ? 20 bilhões ao término do primeiro trimestre.  A divisão Sistemas de Defesa e Segurança apresentou ligeiras melhoras este ano, diminuindo seu Ebit negativo (de ? 54 milhões  para ? 51 milhões) e elevando sua receita (de ? 813 milhões para ? 932 milhões), graças às atividades dos negócios de aeronaves militares e mísseis; sua carteira de pedidos somava no final de março ? 15 bilhões.

(1) Para os resultados das divisões Aeronáutica e Sistemas de Defesa e Segurança, os números relativos ao primeiro trimestre de 2003 formam ajustados à nova estrutura.

(2) Números baseados em preços de catálogo.

Perspectivas

A EADS confirma suas projeções para 2004 que foram divulgadas em 8 de março deste ano -  segundo as quais o grupo deverá atingir Ebit de ? 1,8 bilhão, e receitas entre ? 29 bilhões e ? 30 bilhões, considerando-se uma taxa de câmbio de ? 1 equivalendo a US$ 1,20. A manutenção das projeções baseia-se na forte possibilidade de que os mercados apresentem resultados mais significativos do que o esperado.

Sucessos comerciais de janeiro até maio de 2004

A EADS continuou a expandir seus negócios de defesa:

Em janeiro de 2004 o consórcio AirTanker foi selecionado para as negociações finais visando o fornecimento do programa Avião-Tanque Estratégico do Futuro (Future Strategic Tanker Aircraft, ou FSTA) da Real Força Aérea (RAF) do Reino Unido, avaliado em £ 13 bilhões. A EADS detém 40% de participação acionária no consórcio, que deverá se tornar o parceiro industrial do programa por um período de 27 anos.

A EADS Casa e a Lockheed Martin assinaram em fevereiro um contrato de US$ 87,4 milhões que formaliza a participação da primeira no programa do Sistema Integrado de Águas Profundas (IDS, na sigla em inglês) da Guarda Costeira dos Estados Unidos. O valor potencial do negócio é de US$ 300 milhões.

Em abril a EADS foi escolhida para fornecer às Forças de Defesa Australianas cinco aeronaves A330 Multi-Role Tanker Transport (MRTT).

A Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) selecionou em abril o consórcio Tips (no qual a EADS participa junto cou outras cinco companhias) para fornecer o sistema Alliance Ground Surveillance (AGS) .

Já a Airbus apresentou importantes destaques no programa A380:

O programa para o desenvolvimento e construção do Airbus A380, que será a maior aeronave de passageiros do mundo, está prosseguindo de acordo com o cronograma original. Em março, a seção da fuselagem do primeiro A380 foi finalizada em Hamburgo, na Alemanha. O primeiro teste de vôo do avião está programado para 2005, sendo as entregas aos compradores feitas a partir de 2006; a aeronave já recebeu 129 pedidos firmes e 48 opções.

Em abril a China Southern Airlines assinou contrato para a compra de 21 aviões Airbus da família A320, o que faz da companhia aérea a detentora de uma das maiores frotas desse tipo de aparelho no continente asiático.

A área Espaço também contribuiu com destaques nos primeiros meses de 2004:

Em março o Eutelsat W3A, projetado e construído pela EADS Astrium, efetuou suas primeiras operações de forma bem-sucedida, e encontra-se agora em órbita geoestacionária. O satélite irá fornecer serviços comerciais, e é o primeiro da série Eurostar E3000 ? da qual outros nove estão em produção.

Em março o foguete Ariane 5 foi lançado do espaçoporto de Kourou, na Guiana Francesa, levando a sonda Rosetta, construída sob a liderança da EADS Astrium e que deverá analisar o cometa Churyumov-Gerasimenko.

Em abril o operador de satélites baseado no Canadá Telesat escolheu a EADS Astrium para constriur seu novo satélite Anik F3.

Sobre a EADS

A EADS é líder global nos mercados aeroespacial e de defesa. O grupo, que registrou receitas de ? 31,1 bilhões em 2003, ocupa posições de liderança nos mercados mundiais de aviação comercial (Airbus), aviação militar (CASA - Construcciones Aeronauticas S.A), helicópteros (Eurocopter), espaço (Ariane, Astrium), e sistemas de defesa (MBDA). A empresa detém um amplo e diversificado escopo de produtos e desenvolve permanentemente parcerias locais, através de sua rede de 35 escritórios internacionais, três deles localizados na América Latina (São Paulo, Santiago e Cidade do México).

No Brasil, a EADS mantém investimentos há 26 anos, tendo iniciado sua presença por meio da Helibras; é acionista da Embraer e desenvolve parcerias de longo prazo com diversos clientes, como a TAM, as Forças Armadas, a Polícia Federal e as forças policiais estaduais.

Segmento Comunicação Integrada
Sérgio Lopes Siscaro (MTb 25.825)
Assessor de Comunicação EADS
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fone: 11 3039.5655