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No Dia Mundial do Rim, especialistas alertam para a importância do controle da pressão alta, uma das principais causas da insuficiência renal

No dia 8 de março de 2007, comemora-se o Dia Mundial do Rim. Segundo dados da Sociedade Brasileira de Nefrologia, das cerca de 12 milhões de pessoas hipertensas no Brasil, 6,6% são doentes renais. Segundo o Registro de Diálise e Transplante, hipertensos com doença renal respondem por 40% dos pacientes recebendo terapêutica renal substitutiva. A hipertensão arterial está entre as principais causas de insuficiência renal crônica em todo o mundo e, se não tratada da maneira correta, pode levar à falência total do funcionamento renal.

 “Há muito tempo sabe-se que o rim tanto pode causar hipertensão arterial como dela pode ser vítima. Na prática clínica, às vezes é difícil fazer a distinção entre hipertensão-causa ou efeito, especialmente nos pacientes com insuficiência renal crônica avançada, fase em que a hipertensão arterial ocorre quase como regra”, afirmou o Dr. José Francisco Ribeiro de Ornellas, no capítulo “Hipertensão Arterial e Insuficiência Renal” do Manual de Hipertensão Arterial da Sociedade de Hipertensão do Estado do Rio de Janeiro – SOHERJ, publicado com o apoio da Libbs Farmacêutica .

A relação entre as duas doenças é muito estreita. Como uma das funções dos rins é controlar a pressão sanguínea, quando os rins não funcionam adequadamente, a pressão arterial sobe, levando à piora da disfunção renal, fechando assim um ciclo de agressão aos rins. O controle correto da pressão arterial é um dos pontos principais na prevenção da insuficiência renal e da necessidade de se fazer diálise. 

Os rins controlam a pressão por meio da regulação das concentrações de sódio e da quantidade de líquido no corpo. Quando os rins falham, eles passam a não cumprir com essas funções vitais. A pressão sangüínea pode elevar-se e ocasionar inchaço (edema). Os rins também secretam uma substância que se chama renina. A renina estimula a produção de um hormônio que eleva a pressão sangüínea. Quando os rins não funcionam bem, se produz renina em excesso e isto pode resultar em hipertensão. A hipertensão prolongada danifica os vasos sangüíneos, causando assim a falha renal.

O Dr. José Luiz Santello, médico cardiologista do Hospital das Clínicas (FMUSP - São Paulo) e médico assistente da Liga de Hipertensão do Hospital das Clínicas, acrescenta que outra conseqüência da falha dos rins é a perda da sua capacidade de reter as proteínas do sangue, chamada de proteinúria. “Há uma enorme gama de doenças e gravidade de proteinúrias, mas todas as formas de perder proteínas na urina levam ao progressivo ‘encolhimento’ dos rins e à piora de sua capacidade de filtração do sangue. Assim, o diagnóstico precoce é uma importante ferramenta para retardar ou impedir a progressão da doença renal até a diálise. Clinicamente, a proteinúria manifesta-se pela presença de espuma na urina", explica ele.

Segundo o Dr. Santello, há muitos estudos com pacientes com diferentes tipos de agressão renal, nos quais o controle da pressão arterial de forma rigorosa e contínua reduziu e postergou a progressão da doença renal. “O tratamento desses pacientes deve ser muito cuidadoso. A associação de medicamentos deve ser bem planejada e a utilização dos inibidores da enzima conversora da angiotensina (IECA), como por exemplo, o ramipril, pode ser uma opção. O estudo REIN (The Ramipril Efficacy in Nephropathy study) mostrou que o uso do medicamento ramipril em pacientes nefropatas provocou efeito protetor do sistema renal”.

O Dr. José Francisco Ribeiro de Ornellas, que é professor titular de nefrologia da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e chefe do serviço de nefrologia do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, também da UFRJ, alerta que é importante que os doentes façam uma dieta pobre em sal (2 a 3 gramas de sódio por dia), porque o efeito antiproteinúrico dos medicamentos pode ser completamente anulado com dieta rica em sal. Há evidências, também, de que a dieta hipoproteica aumenta a capacidade dos medicamentos IECAs de reduzir a proteinúria. “O controle estrito da pressão arterial e a redução da proteinúria são, portanto, metas a serem perseguidas de modo obstinado no tratamento da hipertensão no paciente renal crônico, o que leva com freqüência ao uso de múltiplos medicamentos”, conclui o Dr. Ornellas.

Sobre a Libbs

Presente no mercado de medicamentos éticos desde 1958, a Libbs Farmacêutica tem 903 funcionários, opera duas fábricas, uma no bairro da Pompéia e outra na cidade de Embu, em São Paulo. Distribuindo medicamentos em todo o País, e faturando cerca de 340 milhões de reais por ano (dados de 2005, publicados pelo IMS), a empresa é um dos poucos laboratórios farmacêuticos no Brasil que mantêm uma unidade industrial de química fina para produção de insumos para a indústria farmacêutica. A empresa atua nas áreas ginecológica, cardiovascular, neuropsiquiátrica, gastroenterológica, respiratória, dermatológica e oncológica. Os produtos mais vendidos atualmente são: Diminut (contraceptivo), Libiam (reposição hormonal), Ancoron (antiarrítmico), Cebrilin (antidepressivo), Finalop (tratamento e prevenção da calvície masculina), entre outros.

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