Problemas na esfera sexual atingem até 70% dos pacientes
e realimentam um processo que dificulta o tratamento da doença
Um dos maiores obstáculos ao combate à depressão é a baixa adesão dos pacientes ao tratamento. Cerca de 80% dos deprimidos abandonam a medicação e, segundo especialistas, um dos fatores dessa falta de adesão está relacionado à disfunção sexual. Estudos apontam que a diminuição da libido está presente em 70% dos casos. Mais do que um empecilho, esse efeito realimenta o processo, formando um perigoso círculo vicioso. "Na prática, o que se observa é que a depressão leva a dificuldades na atividade sexual. Por sua vez, essas disfunções tornam os pacientes ainda mais depressivos, intensificando o problema", explica a Dra. Carmita Abdo, Professora da Faculdade de Medicina da USP e Coordenadora do ProSex (Projeto Sexualidade).
Aproximadamente 10 milhões de brasileiros sofrem com a depressão. Embora possa afetar as pessoas em qualquer fase da vida, a incidência do mal é maior na meia-idade, fase em que a atividade sexual é mais freqüente. O tratamento, que leva de seis meses a vários anos, é feito com a associação da psicoterapia com antidepressivos. Os mais prescritos atualmente são os inibidores seletivos da recaptação da serotonina (ISRSs) (neurotransmissor produzido pelo cérebro). "Os ISRSs provocam redução da libido como um efeito adverso importante, a ponto de serem causa de abandono de tratamento por muitos pacientes deprimidos, os quais não aceitam complicar ainda mais essa esfera, já atingida pela doença", ressalta Dra. Carmita.
Segundo estudos realizados pela University School of Medicine, de Detroit, nos Estados Unidos, medicamentos deste tipo chegam a afetar o orgasmo, o desejo sexual e, em menor grau, a excitação, em até 50% dos casos. "Quanto mais jovem for o paciente, maior o impacto, por ter uma vida sexual mais ativa", afirma. Somando isso ao fato de a maioria dos antidepressivos apresentarem repercussões negativas na vida sexual, os pacientes se vêem em uma encruzilhada. Se utilizarem o medicamento, sua doença poderá ser extinta mais rapidamente. Porém, enquanto esse dia não chega, a disfunção sexual permanece. O que fazer?
Uma das saídas para minimizar os efeitos colaterais no combate à depressão é a utilização de antidepressivos que afetam menos a atividade sexual, como a bupropiona. "Em sua versão de liberação prolongada (SR - slow release), o princípio ativo oferece a mesma eficácia e segurança das outras classes de antidepressivos. Entretanto, diferentemente dos inibidores seletivos de recaptação de serotonina, os efeitos adversos da bupropiona na esfera sexual são mínimos", diz o psiquiatra Dr. André Luiz Iorio, mestre em Medicina pela USP.
Um estudo internacional, publicado pela Clinical Pharmacology & Terapeutics, comparou a repercussão dos antidepressivos ISRSs com a bupropiona, na esfera sexual. Mais de cem pacientes foram questionados sobre o impacto do uso dos medicamentos na libido, na excitação, no tempo entre a excitação e o orgasmo, na intensidade e na duração do orgasmo. Dos entrevistados, 77% dos usuários da bupropiona registraram melhora em pelo menos um aspecto da função sexual. Segundo a Dra. Carmita, em alguns casos, "os pacientes comentam que, com o tratamento da depressão, até melhoram a performance sexual que tinham antes do quadro depressivo".
A Libbs Farmacêutica lançou recentemente no mercado brasileiro o Zetron, que traz a bupropiona SR como princípio ativo. Atualmente considerada a primeira escolha no tratamento da depressão, a bupropiona SR possui uma excelente tolerabilidade, reduzindo os efeitos adversos na área sexual e evitando o aumento de peso. A apresentação de Zetron é feita em blisters com 30 comprimidos de 150 mg do princípio ativo. Além do tratamento da depressão, o medicamento também é indicado como primeira opção no tratamento farmacológico à dependência do cigarro.
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Ana Carolina Prieto
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