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Centro Hoffman |
Fuga para o second life não elimina realidade
Especialista em reeducação emocional diz que, embora disfarçados, os medos e problemas reais do usuário ”vão junto com ele” nas fantasias da vida virtual
“Ao conversarmos com um personagem do second life não é difícil descobrir como ele é na vida real, porque os seus medos e problemas estão reproduzidos nas fantasias”, afirma a terapeuta familiar especializada em reeducação emocional, Heloisa Capelas, diretora terapêutica do Centro Hoffman, referindo-se ao second life, um ambiente virtual que simula a vida real e social do ser humano. Segundo a profissional, “embora disfarçados, os medos e problemas reais do usuário desse fascinante jogo virtual vão junto com ele e acabam reproduzidos nas fantasias da nova vida idealizada no computador”.
Heloísa, que é Master Practitioner em Programação Neurolinguística, com formação em motivação e conquista de objetivos aplicada aos Negócios, aborda essa questão em sua palestra “Eu e o Second Life: A relação entre o mundo virtual e o autoconhecimento”, na qual mostra que muitas pessoas se escondem atrás da nova vida virtual porque na vida real elas têm medo de serem rejeitadas, criticadas ou de não se sentirem pertinentes. “A necessidade básica de todos nós é pertencer”, diz Heloísa. “Nós nos tornamos humanos a partir do reconhecimento do outro. Nesse sentido, a Internet traz segurança, já que na vida real as pessoas se sentem correndo riscos o tempo todo, como o medo de expor sentimentos e de acabar demonstrando seu verdadeiro eu”. Porém, ela explica que a fuga para o jogo virtual não elimina esses medos e problemas.
“O second life representa uma fuga dos medos e problemas que nos fazem sofrer na vida real. Nós nos distraímos de nós mesmos, assim como acontece com as pessoas que viciam em jogos ou em outras práticas desse tipo”, explica a especialista. Ela lembra que a maioria das pessoas passa a vida toda tentando ser quem elas não são, ou quem os outros gostariam que elas fossem. “Isso é o que traz o grande sofrimento e a necessidade de uma ‘segunda vida’ ”, que é o significado do nome do jogo virtual em inglês. “Nós não podemos abrir mão de nós mesmos” diz Heloísa. “As pessoas precisam aprender que cada um tem a sua essência e por isso devem descobrir quem realmente são e explorar suas próprias características naturais. A motivação do autoconhecimento é exatamente essa”, completa.
A terapeuta lembra que mais de 5 milhões de pessoas em todo o mundo já aderiram ao second life, simulando num ambiente virtual uma nova vida de felicidade e fantasia construída pelo próprio usuário. Ela destaca que nessa "vida paralela” circulam atualmente cerca de 1 bilhão de dólares, na forma de serviços e produtos oferecidos por diversas empresas e lojas. ”As empresas já decobriram que podem ganhar dinheiro com a fantasia das pessoas”, diz Heloisa. “O problema é que apesar de as compras nessa vida virtual seram pagas numa moeda chamada linden dolar, a fatura chega na vida real através do cartão de crédito. E tem que ser paga sem fantasia."
Para a terapeuta, é fundamental que as pessoas mantenham-se atentas e saibam dosar as medidas ideais para que o hábito do jogo virtual seja uma escolha consciente: “Nós podemos levar essa prática para as nossas vidas com leveza, para aproveitar e curtir, e não como fuga. O que preocupa é o quanto as pessoas querem ficar só na brincadeira e no prazer momentâneo que vem de fora, fugindo delas mesmas”.
Heloisa conversou com diversos usuários que navegam diariamente cerca de oito horas ou mais no ambiente virtual do second life. “Todas as pessoas com quem conversei falavam sobre o assunto absolutamente fascinadas. Mas quando eu perguntava coisas da vida real, sobre a família, trabalho, amigos, o entusiasmo acabava imediatamente. Isso me fazia pensar: o que faz essas pessoas ficarem tão fascinadas na frente do computador?”. Para Heloisa, as respostas para essa questão não são confortáveis. “Na vida virtual os problemas são verdadeiros mas as soluções são falsas. Já o autoconhecimento exige disciplina, honestidade, consciência das limitações e contato com o medo e a dor, pois toda transformação acontece a partir da emoção. Esse processo pode ser dolorido, mas fugir a vida inteira da dor dói mais do que encará-la de uma vez”, explica.
Segundo Heloísa, a grande transformação que o autoconhecimento traz é a possibilidade de a pessoa se amar como realmente ela é, em todas as circunstancias, nos acertos e nos erros. “A pessoa percebe que errar exige conserto e reparação, e não punição. E quando descobre isso tudo, ela não precisa mais do second life para fugir”, conclui.
Sobre o Centro Hoffman
O Centro Hoffman oferece um trabalho de reeducação emocional e crescimento pessoal através do Processo Hoffman da Quadrinidade, um curso intensivo com duração de oito dias, vividos integralmente em local adequado à sua aplicação, sob o acompanhamento de psicólogos e professores que monitoram todo o trabalho. O curso reúne diversas técnicas terapêuticas, trabalhando os quatro aspectos do ser: Emocional, Intelectual, Espiritual (sem nenhum conceito religioso) e Físico. O objetivo do Processo, que não é vinculado a nenhuma escola específica do conhecimento, é fazer com que o participante possa reviver a sua história, alcançando uma compreensão maior sobre a sua vida, e reeducando-o emocionalmente. É também adotado por empresas que decidem investir no desenvolvimento de suas equipes. O Processo foi criado em 1967, nos EUA, por Bob Hoffman e é aplicado atualmente em 12 países no mundo. Presente no Brasil há mais de 20 anos, o curso já beneficiou mais de 10 mil pessoas, sendo aplicado através do Centro Hoffman, que tem sede em São Paulo e filiais em Goiânia, Salvador e Cuiabá.
Mais informações sobre este aviso de pauta:
Renata Salles / Ana Carolina Prieto Segmento Comunicação Integrada (11) 3095-7500 / 3095-7504 / 3095-7503 |
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