ABAL - Associação Brasileira do Alumínio

A abertura oficial do VIII Seminário Internacional de Reciclagem de Alumínio em Campos do Jordão destaca desafio do setor para garantir o desempenho de anos anteriores

Nesta quarta-feira foi aberto oficialmente o maior evento sobre reciclagem do alumínio do Brasil. Mais de 160 pessoas acompanharam a cerimônia que marcou o início do VIII Seminário Internacional de Reciclagem do Alumínio e da exposição de máquinas, insumos, equipamentos e serviços para a indústria de reciclagem do alumínio, que acontece até o próximo dia 22 em Campos do Jordão (SP).

Participaram da solenidade o Presidente em exercício da ABAL, Tadeu Nardocci, o Coordenador da Comissão de Reciclagem da ABAL, José Roberto Giosa, e o Coordenador da Comissão Organizadora do evento, Elder Rondelli. Como convidados especiais, estiveram presentes o Secretário de Turismo do Município de Campos do Jordão, Flávio Ventura (representando o Prefeito João Paulo Ismael), e o Prefeito do Município de Pindamonhangaba, João Antonio Salgado Filho.

Tadeu Nardocci reforçou a importância do evento para a troca de experiências e para a discussão de temas fundamentais para o setor, como as questões tributárias e o desenvolvimento sustentável da cadeia. “Este seminário irá mostrar que a nossa indústria tem um grande desafio: identificar formas de manter o desempenho da reciclagem de latas para bebidas e das sucatas industriais e transportar o seu modelo para outros produtos de alumínio”.

Em seguida, José Roberto Giosa, ressaltou o grau de evolução da atividade no Brasil. Segundo o Coordenador de Reciclagem da ABAL, o desempenho da reciclagem de alumínio no Brasil atingiu um patamar de excelência. “Hoje, se todos os atores envolvidos na coleta seletiva fossem uma única empresa, uma espécie de ‘Coleta S.A’, ela seria uma das 300 maiores do país. Esse número demonstra que esse mercado está consolidado e que é importante para o Brasil”.

Durante a abertura oficial, o Secretário de Turismo de Campos do Jordão, Flávio Ventura, salientou que o turismo na cidade está intimamente ligado com sua vocação ecológica. Também informou que está crescendo o número de congressos sediados pelo município. “Estamos conseguindo convencer os grandes segmentos da sociedade de que Campos do Jordão também tem estrutura para receber grandes eventos e sugiro que as próximas edições deste seminário também aconteçam aqui”, afirmou.

Além da cidade que abriga o seminário e a exposição, a Capital Nacional da Reciclagem de Alumínio também marcou sua presença na cerimônia. Em sua mensagem, o Prefeito de Pindamonhangaba, João Antonio Salgado Filho, disse que a experiência da reciclagem do alumínio – “Pinda” recicla 70% de toda a sucata recuperada no país – em seu município deve servir como um exemplo para outros segmentos da indústria.

Presença internacional

O primeiro dia de apresentações do Seminário trouxe a visão global do setor, nos aspectos mercadológicos e de sustentabilidade. Luiz Manreza, do BSI – Banco Standard de Investimentos, traçou um panorama sobre o mercado mundial do alumínio. Ele analisou o perfil dos maiores key drivers do setor em todo o mundo, com destaque para Índia e China. Sobre a Rússia, Manreza comentou. “Eles são um mercado de destaque no mundo, mas não podem ser considerados – na minha visão – como drivers. Os russos ainda enfrentam algumas dificuldades, como a falta de marcos regulatórios, por exemplo, mas causam um impacto importante no mercado”.

A reciclagem e o desenvolvimento sustentável foi o tema da apresentação de Marlen Bertram, integrante do Global Aluminium Recycling Committee (GARC), do International Aluminium Institute – IAI. Ela apresentou dados recentes sobre a reciclagem do alumínio em todo o mundo, apontando oportunidades de crescimento e os desafios da atividade a nível global.

Os números são interessantes. Segundo a especialista, das mais de 45 milhões de toneladas de alumínio em uso atualmente no mundo, cerca de um terço é originado da reciclagem. O setor automotivo é líder absoluto em reciclagem de alumínio no planeta. Enquanto o índice global de reciclagem de latas de alumínio para bebidas é de 63%, em veículos, o número chega a 95%.

Alumínio nas escolas

Ainda na quarta, foi realizada a primeira sessão de visitas monitoradas na Exposição que acompanha o VIII Seminário Internacional de Reciclagem do Alumínio. Quarenta universitários do curso de Engenharia de Materiais da Universidade Estadual Paulista – UNESP, de Guaratinguetá (SP), passaram pelos estandes, parando em algumas empresas para conhecer melhor as tecnologias e processos ligados à reciclagem. Os estudantes também acompanharam a palestra de Marlen Bertram.

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Marcelo do Ó

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