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UGT - União Geral dos Trabalhadores. |
Terceiro mandato é considerado inoportuno
Ex-senadora Heloísa Helena e deputada Zulaiê Cobra criticam postura de Lula no Ciclo de Debates sobre a Reforma Política promovido pela UGT e Fecomercio
Os participantes do debate de encerramento do Ciclo de Debates “Brasil é Político” sobre a Reforma Política, realizado nesta segunda-feira (3), em São Paulo, pela UGT – União Geral dos Trabalhadores e pela Fecomercio - Federação do Comércio do Estado de São Paulo, concluíram que a proposta de um terceiro mandato para o presidente Lula é inoportuna e distante dos interesses da Nação, e merece a atenção da sociedade para evitar possíveis manobras para garantir mais quatro anos de governo.
O debate, que teve a participação da ex-senadora Heloísa Helena (PSOL), da deputada Zulaiê Cobra (PHS), do deputado Bruno Araújo (PSDB), do presidente da UGT, Ricardo Patah, do presidente do Conselho de Estudos Políticos da Fecomercio, Prof. Cláudio Lembo, e dos cientistas políticos Rubens Figueiredo e Humberto Dantas, concluiu que a Reforma Política é imprescindível para a consolidação da democracia e avanço do Brasil. Porém, é preciso ter bem claro que a reforma não corrigirá desvios de caráter e corrupção. Na opinião do cientista Humberto Dantas, “o Brasil vive hoje uma crise de valores ético e moral, impulsionada pela impunidade que assola Brasília”.
Heloísa Helena condenou a possibilidade de um terceiro mandato: “A base ‘bajulatória’ do presidente fica com esse discurso”, afirmou. “Embora a vontade e os interesses sejam muitos, eu não acredito que seja possível. Mas precisamos criar mecanismos legais que não permitam a concretização desse absurdo, pois só a nossa vontade política não basta. Não podemos esquecer do balcão de negócios sujos que existe no governo federal”.
Também crítica ao governo e à reeleição do Lula, a deputada Zulaiê Cobra considerou o resultado do debate da CPMF como um termômetro: “A aprovação da CPMF não é pelo dinheiro, é pela vitória. Caso consiga aprovar a prorrogação do imposto, o Lula vai se envaidecer e aí sim correremos esse risco.” Zulaiê também destacou que nos bastidores de Brasília “tem gente trabalhando para a reeleição e é preciso tomar cuidado com o discurso do Lula”. E concluiu: “O presidente fala dos pobres e protege os ricos, o Lula é um artista, um malandro”, disse Zulaiê.
Para Rubens Figueiredo, embora distante dos interesses da Nação, a discussão do terceiro mandato não é só uma proposta de possíveis ‘bajuladores’ mas admitiu que a sociedade precisa ficar atenta: “Os recentes discursos do presidente Lula, o alto índice de aprovação do seu governo e a falta de candidato do PT para as eleições de 2010 indicam que existe a hipótese de uma tentativa de aprovação do terceiro mandato”.
O deputado Bruno Araújo adotou um discurso mais otimista sobre o terceiro mandato em relação aos demais participantes: “Em 2010, o que haverá de novo é que o Lula não disputará uma eleição desde o processo de redemocratização do País.” O deputado também destacou a vocação do Brasil de não fazer reformas preventivas. “As reformas só acontecem quando estamos à beira de um colapso. E nós estamos à beira de um colapso da representatividade.”
Ricardo Patah destacou a parceria da UGT com a Fecomercio: “Trabalhadores e empresários estão hoje unidos para construir um país diferente do atual. Avalio que mais de 50% dos parlamentares compraram o seu ‘passaporte’ para entrar no Congresso Nacional. Precisamos aprofundar o debate sobre a reforma política ainda mais que o Lula considera o presidente Hugo Chávez democrático.”
Sobre a UGT
A UGT – União Geral dos Trabalhadores é uma organização sindical formada a partir da fusão da Confederação Geral dos Trabalhadores – CGT, Social Democracia Sindical – SDS e Central Autônoma dos Trabalhadores – CAT, e da ampla participação de sindicatos independentes. Fundada em 21 de julho de 2007, durante o Congresso Nacional dos Trabalhadores que reuniu em São Paulo mais de 3.400 participantes, representando 623 entidades sindicais de todo o país e mais de 5 milhões de trabalhadores, a UGT deverá reunir até o final do ano cerca de 1 mil sindicatos, representando 8 milhões de trabalhadores. O sindicalista Ricardo Patah, presidente do Sindicato dos Comerciários de São Paulo, é o presidente da nova entidade. Constituída para defender os trabalhadores brasileiros através de um movimento sindical amplo, cidadão, ético, solidário, independente, democrático e inovador, a UGT defende a unidade no sindicalismo e o direito à livre associação e organização, visando a construção de um novo projeto social, pacífico, justo e democrático, centrado no ser humano, capaz de oferecer respostas e propostas aos problemas nacionais.
Sobre a Fecomercio
A Fecomercio - Federação do Comércio do Estado de São Paulo, entidade sindical de nível superior, tem como principais objetivos defender a livre iniciativa, estimular o crescimento empresarial (sobretudo das micro e pequenas empresas), criar e oferecer produtos e serviços destinados a gerar negócios em áreas específicas de mercado. Os segmentos do setor paulista de comércio e serviços representados, diretamente, pelos 150 sindicatos patronais filiados hoje à Fecomercio, reúnem centenas de milhares de empresas e agentes autônomos dos ramos varejista, atacadista, armazenador, importador, exportador, serviços, de turismo e hospitalidade. Esse universo emprega 5 milhões de pessoas e contribui com 10% para a formação do Produto Interno Brasileiro (PIB).
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Ana Carolina Prieto e Roseli Ramos
Segmento Comunicação Integrada
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