Segunda-feira, 10 de Maio de 2021 - 10h08

Projeto Eu Tenho Voz é notícia do jornalístico Pan News, da Rádio Jovem Pan

Coordenadora do projeto, juíza Hertha Helena de Oliveira, foi entrevistada pela apresentadora Denise Campos de Toledo

No último sábado (dia 8) a 2ª vice-presidente do IPAM e coordenadora do Projeto Eu Tenho Voz, juíza Hertha Helena Rollemberg Padilha de Oliveira, foi entrevistada pela apresentadora do Pan News da Rádio Jovem Pan, Denise Campos de Toledo, sobre os sinais de violência e abuso sexual de crianças e adolescentes e a importância de combater e denunciar esses casos.

“Os números da violência contra crianças e adolescentes são realmente assustadores. A gente vê que quando ocorre um casos desses, do menino Henry, que tem uma grande repercussão, as pessoas ficam todas aterrorizadas e acham que é um caso completamente isolado. E infelizmente não é. Os casos que envolvem torturas contra crianças e adolescentes somam mais de 2 mil por ano. Então a gente tem uma ideia da dimensão do problema. Isso sem falar quando resulta em morte”, disse a juíza.

Em seguida, a apresentadora perguntou à juíza Hertha Helena de Oliveira o que pode ser feito para reduzir ou deter a violência contra crianças e adolescentes. “Primeira coisa que a gente tem de ter em mente é que a segurança das crianças e dos adolescentes é um dever da família, é um dever da comunidade e é um dever do Estado. Tanto a família tem a responsabilidade de zelar por essas crianças, pela integridade física, social, para o bom desenvolvimento e pela integridade psicológica, quanto a comunidade também tem esse dever. E as pessoas têm muito receio de achar que estão interferindo na vida de terceiros, e é há uma cultura no Brasil, antiga, que vem da nossa formação social, de que os filhos são quase como uma propriedade dos pais, e que os pais que são responsáveis por essas crianças e ninguém pode interferir. O pai agride a criança para educar, porque em tese ninguém agride gratuitamente, e a ideia é que ninguém teria legitimidade para interferir nessa relação. Só que isso não está correto. Qualquer pessoa que tenha ciência que uma criança está sofrendo qualquer tipo de abuso, ela tem o dever de denunciar”, alertou.

Veja a entrevista completa aqui.

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