Dona da Airbus, EADS espera dobrar faturamento no Brasil até 2020
Veículo: O Globo
Data de publicação: 30.09.2011
Por Paulo Justus
O presidente da EADS, Louis Gallois, grupo que detém a Airbus, Cassidian e Eurocopter, espera no mínimo duplicar o faturamento no Brasil até 2020 - no ano passado, o grupo faturou 1 bilhão de euros no país, principalmente com vendas de aeronaves comerciais a companhias aéreas. Gallois desembarcou no Brasil quarta-feira, para visitar a fábrica da Helibras, em Itajubá (MG), subsidiária brasileira do Grupo Eurocopter e apresentar ao governo federal os produtos do grupo principalmente na área de defesa.
A EADS anunciou que vai investir entre 50 milhões de euros e 100 milhões de euros num centro de excelência em engenharia de defesa e segurança na Helibras. Os investimentos já são parte dos preparativos da fábrica para a produção dos 50 helicópteros EC725, contratados pelas Forças Armadas em 2008, que deve começar no ano que vem.
Gallois diz que a Helibras é um exemplo de que o grupo está constantemente aberto a novos projetos que envolvam transferência de tecnologia. Atualmente o grupo tem já um contrato de transferência de tecnologia de defesa terrestre com a Odebrecht, assinado em setembro do ano passado, e não descarta outras possibilidades.
- Conversamos constantemente com a Embraer e há disposição do nosso lado, mas não temos nenhum projeto ainda em discussão - afirmou.
Dentre os negócios do grupo, Gallois diz que a área de defesa é a que mais deve ser afetada pela crise econômica atual. Segundo ele, os governos estão muito tímidos para propor novos projetos de defesa, graças aos esforços mundiais para melhorar a saúde das contas públicas.
- O maior impacto da crise certamente será nas quantidades encomendadas pelos projetos - disse.
Já a aviação civil, por enquanto, continua voando em céu de brigadeiro. Gallois diz que nenhum pedido da Airbus foi postergado, como ocorreu durante a crise de 2008. A empresa inclusive estuda ampliar a capacidade de produção de sua fábrica do modelo A320 na França de 38 para 42 unidades por mês.
Isso se deve em grande parte ao crescimento das encomendas dentre os países emergentes. Na América Latina, por exemplo, Tam e Lan já estão entre as 5 maiores clientes da empresa. No Brasil, a Airbus lidera a venda de aeronaves comerciais com turbinas, com 53% do mercado.
Acesse a matéria neste link.
Todos os direitos reservados.