Terça-feira, 15 de Fevereiro de 2011 - 10h14

Acompanhamento ameniza estigmas da urticária crônica

Tratamento é feito com antialérgicos e drogas imunomoduladoras

Veículo: Rac.com.br

Data da publicação: 15.02.2011

A urticária é uma doença de pele que se apresenta com o surgimento de placas vermelhas em qualquer parte do corpo, com tamanhos e formatos variados, que causam coceira e persistem na pele por até 24 horas. A doença também desaparece sem deixar marcas, passando a ser considerada crônica quando a doença persiste por mais de seis semanas, com crises diárias ou semanais.

Em suas formas mais graves podem ocorrer inchaços genitais, lábios, pálpebras, língua e garganta - nestas últimas podendo até mesmo haver a morte por asfixia.

Contudo, a taxa de mortalidade é quase nula, afirma a médica da Sociedade Brasileira de Dermatologia, Regional São Paulo, Dra. Patricia Karla de Souza. 'Surtos de urticária na região da garganta, especialmente na glote, a válvula responsável pelo impedimento de entrada de alimentos nas vias aéreas, são muito raros de acontecerem em pessoas que apresentam a forma crônica da doença'.

O diagnóstico é indolor e realizado por meio da análise da história do doente e pela avaliação clínica das placas na pele, que normalmente são bastante características. 'Raramente é necessário fazer uma biópsia para confirmar o diagnóstico', assegura Dra. Patricia.

A dermatologista da SBD-SP alerta, entretanto, para a importância do acompanhamento de um dermatologista nos casos da urticária crônica. 'A doença, que pode surgir em quaisquer pessoas, independentemente de sexo, etnia ou idade, tem um curso contínuo, muitas vezes diários, modificando, assim, a qualidade de vida dos acometidos. O prurido constante e a aparência das lesões geram o estigma social, o que pode levar o paciente a modificar seu comportamento social em função da doença'.

Medicamentos

O tratamento da urticária crônica acontece com o uso de antialérgicos e drogas imunomoduladoras, que podem ser prescritos de diferentes maneiras, de acordo com a gravidade do quadro. 'Por isso, o acompanhamento médico é essencial para o controle da urticária crônica', reforça a dermatologista.

'Inclusive é importante salientar que pacientes com urticária crônica devem ser orientados a evitar determinados tipos de medicamentos, que podem agravar o quadro de urticária, como os que têm ácido acetil salicílico. Daí a recomendação para que seu dermatologista faça a orientação correta dos medicamentos que o paciente pode utilizar', observa.

Atualmente não há formas de prevenção da doença, pois ela é causada por inúmeros fatores ainda não totalmente desvendados pela medicina. No Brasil, algumas instituições universitárias, em suas escolas de medicina e departamentos de dermatologia, mantém grupos de estudo, atendimento e tratamento da urticária crônica, a fim de colocar o país na vanguarda do tratamento e controle dessa doença tão desabilitante para seu portador.

 

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