Domingo, 26 de Janeiro de 2025 - 15h42

Alexandre Nicolini fará palestras em IES de São Paulo, Minas, Ceará e Mato Grosso do Sul

Série de apresentações atenderá a dificuldades dos docentes na formulação de instrumentos para os alunos participarem de exames como o Enade

O especialista em design curricular e avaliação da aprendizagem Alexandre Nicolini ministrará, a partir do próximo dia 29 de janeiro (quarta-feira), uma série de palestras apresentadas em instituições de ensino superior de três diferentes Estados brasileiros, destinadas a atender às dificuldades reveladas pelos docentes na concepção de questões objetivas e formulação de instrumentos que permitam a seus alunos obter bons resultados em exames como o Enade e o exame da OAB, voltados para a verificação de sua suficiência profissional.

 As IES que receberão a apresentação de Alexandre Nicolini serão o Centro Universitário da Grande Dourados (Unigran), em Mato Grosso do Sul, no próximo dia 29 de janeiro (quarta-feira); a Uniube, em Uberaba, Minas Gerais, no dia 30 (quinta-feira); e a PUC Campinas, no dia 3 de fevereiro (segunda-feira), e a Faculdade Cecape, em Juazeiro do Norte (Ceará), no dia 6 (sexta-feira).

 “Os docentes devem escolher o tipo de questão objetiva adequada, conceber o item seguindo uma estrutura didaticamente adequada, escrever um comando inequívoco da questão e redigir alternativas viáveis para verificar se os objetivos de ensino foram atingidos pelos estudantes”, afirma Nicolini, ao comentar as “dificuldades e dores reveladas pelos docentes nesse tipo de formulação de instrumentos de avaliação por competências”.

Segundo revela Nicolini, na primeira parte a dinâmica das apresentações buscará orientar os professores que revelam dificuldade em elaborar uma situação-problema capaz de conversar com o conteúdo programático. “Essa etapa estrutura e define o que são questões objetivas, destacando a importância de uma situação-problema clara, dados de suporte, comando da questão e alternativas de resposta. Também discute a elaboração de questões objetivas, enfatizando a necessidade de criar situações-problema que simulem desafios profissionais reais”, revela o especialista.

 Nicolini diz que, na segunda parte, mostrará que “uma boa questão deve induzir os estudantes a construir uma linha de raciocínio a partir dos elementos que constituem uma competência adquirida, para identificar lacunas de aprendizagem”. Ele destaca que os professores têm demonstrado “não saber como construir um desafio mais estruturado, com a elaboração de questões objetivas, para que os estudantes as resolvam a partir dos elementos que foram aprendidos em sala de aula: qualquer questão que possa ser resolvida apenas com a memorização da fala, da escrita ou de procedimentos não prepara o estudante para enfrentar os problemas complexos e interdisciplinares da vida real”.

 A terceira parte das apresentações abordará três categorias de questões que estão permanentemente nos concursos públicos, testes de progresso e provas de suficiência profissional, como Enade, OAB e exames de residência. Cada tipo de questões é descrito em detalhes, com exemplos e indicações de quando e como utilizá-las para avaliar diferentes domínios cognitivos. “Os professores usualmente não conhecem todos os 10 tipos de questões de múltipla escolha, impedindo uma avaliação precisa e reduzindo o alcance da sua mensuração. O objetivo de avaliação, o domínio cognitivo e o conteúdo programático devem determinar o tipo de questão objetiva mais apropriado”, afirma Alexandre Nicolini.

Já na quarta parte o especialista pretende mostrar que qualquer questão deve ser, antes de tudo, uma parte integrante do processo de aprendizagem, o que significa que ela deve ser uma excelente peça de comunicação. “Essa seção foca na revisão das questões, incluindo a análise da encomenda e a relevância, objetividade e aplicabilidade das questões. Também aborda a estrutura das questões, destacando a importância da comunicação clara, correção gramatical e diagramação visualmente atraente”, diz Nicolini.

 “Se os professores não conseguem enxergar a avaliação como parte integrante do processo de aprendizagem, eles vão dificultar a construção de questões que permitam auditar com clareza e objetividade os resultados do processo de ensino-aprendizagem”, finaliza Alexandre Nicolini.

 Segundo ele, “as instituições que adotaram a metodologia que desenvolvi, por meio de financiamento científico, transformaram os resultados 4 e 5 que conquistaram em instrumento de aprimoramento de seu PPC, garantindo a consolidação de resultados cada vez melhores”.

Para Nicolini não existe “mágica” a fazer no Enade, ou em outros exames desse tipo: “Existe método científico, treinamento docente e análise de dados para a tomada de decisões baseadas em evidências”, conclui o especialista.

 

Sobre Alexandre Nicolini

Doutor em Administração pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), com estágio de doutoramento na Paris IX, Mestre em Administração Pública pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e Administrador de Empresas pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Especialista em Design Curricular e Avaliação de Aprendizagem, desenvolve metodologias de trabalho e programas de formação para IES que sintetizam sua experiência como pesquisador e orientador no stricto sensu e como gestor acadêmico, inclusive como reitor. Foi também avaliador ad hoc do Ministério da Educação (MEC) e líder de pesquisa na Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Administração (ANPAD).

Participa da construção das políticas públicas de avaliação do ensino superior desde 1996, tendo orientado com sucesso diversos clientes a alcançar os melhores resultados, além de fazer palestras inspiradoras e ministrar oficinas práticas para dirigentes, coordenadores, professores e estudantes em IES de todas as regiões do Brasil. Em sua atuação, publicou mais de 60 artigos científicos sobre o ensino superior, que geraram mais de 800 citações, cujas referências podem ser consultadas em Link.

Seu artigo intitulado "Qual será o futuro das fábricas de administradores?" é um dos mais citados na área de Administração no país.

 

Caso haja interesse em abordar esse tema em uma matéria, favor contatar:

Ana Purchio

Convergência Comunicação Estratégica

Tel. (55 11) 99978-9787

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