O especialista em gestão acadêmica, docência, design curricular e avaliação do ensino superior Alexandre Nicolini alertou em um post em suas mídias sociais que “a média Brasil nas Licenciaturas cairá no novo Enade".
 

Nicolini comentou o impacto do novo Enade, que está ainda mais profissional: “O exame vai fornecer mais dados, mais amplos, e vai ser possível ver melhor onde estamos falhando. Mas muitas IES montam um currículo com 40 disciplinas diferentes que não conversam entre si, e isso não funciona, o currículo precisa ser articulado”. 
 

Para o especialista a queda no desempenho nas Licenciaturas ocorrerá “em razão de as IES continuarem formando professores por qualificação profissional ou, no máximo, por conhecimento, e não por competências, como pressuposto nas novas diretrizes e matrizes do Enade”, diz Alexandre Nicolini. 
 

Na próxima segunda-feira, dia 9, às 10 horas, ele fará uma palestra on-line promovida pelo Semerj, voltada para Dirigentes e Coordenadores de Curso, sobre os insumos do Enade 2023 e as perspectivas para 2024. 
 

“Já está correndo o prazo para contestar os insumos apresentados pelo Inep para cada IES”, lembrou o especialista. “Nessa palestra para o Semerj falarei sobre como o Sinaes tem se refletido na aprendizagem, e do impacto social dos formandos e indicarei no que as IES devem se concentrar neste momento de mudança para os alunos obterem melhores resultados”.
 

Segundo Nicolini, “a única forma de estar entre os 15% melhores do país é ter conceito 4. E a única forma de estar entre os 2% melhores do país é ter conceito 5. Isso envolve estudar dados, apurar os fatos por evidências, criar regras para moldar comportamentos, construir fluxos de trabalho unívocos, definir metas exequíveis e estabelecer datas para as entregas. E para fazer tudo isso é preciso usar método de gestão de aprendizagem”, concluiu.