18º Fnesp compara educação da Coreia, México e Brasil
Paulo Barone, secretário da SESu, comentou no evento as alterações no ensino médio e as possibilidades de maior flexibilização de regras para IES

Durante a 18ª edição do Fnesp, Fórum Nacional do Ensino Superior Participar Brasileiro, realizado pelo Semesp – Sindicato das Mantenedoras de Ensino Superior, o secretário da SESu – Secretaria de Educação Superior, do Ministério da Educação Paulo Barone, apresentou a mudança ocorrida na educação superior no Brasil, em comparação com a Coreia do Sul e o México.
Falando no painel “Sistemas educacionais e Competitividade”, que apresentou as principais diferenças na educação nos três países o secretário ressaltou a necessidade da transformação de todo o sistema, de básico a superior, reforçando as mudanças que foram divulgadas pelo MEC nesta quinta-feira para o ensino médio. “Hoje mesmo anunciamos a inclusão de uma porcentagem na carga horária do ensino médio dedicada a atividades diversificadas que serão escolhidas pelo aluno e instituições e que vai aproximar nosso ensino de outros mais evoluídos, com melhorias”, disse.
Em sua palestra, Paulo Barone referiu-se à possibilidade de trazer às instituições superiores maior autonomia para que possam escolher suas atividades acadêmicas. “Vamos trabalhar para flexibilizar diretrizes e ideias para que o setor possa dizer o que e como quer ensinar, com o fomento e apoio de órgãos reguladores. Também é preciso diversificar o formato dos cursos e a arquitetura deles, permitindo a formação e qualificação, do ensino técnico ao superior, e as certificações parciais, que hoje ainda são mal vistas”.
O secretário falou também sobre o Fies, afirmando que, diante das dificuldades apresentadas, deverá passar por mais algumas reformulações para que assuma um papel muito maior do que o que já vem representando.
No mesmo painel, a palestrante Seyoen Kim, diretora do Centro de Educação Coreana, citou os esforços do Ministério da Educação da Coreia do Sul, que incluem um plano de aumento de investimentos, nos próximos cinco anos, em ferramentas e estruturas para os cursos superiores.
Kim explicou a mudança já em curso em seu país, com a aplicação da educação criativa concomitantemente à tradicional, desde o ensino médio. “Quem está na universidade precisa se preparar para um novo mercado. O conhecimento tem sido muito valorizado e por isso acreditamos que a evolução do país passa por uma melhoria na política nacional do ensino superior”, defende Kim.
A Coreia do Sul também criou um plano quinquenal de revolução para cooperação entre universidade e indústrias, com maior participação do mercado na formação e a criação de empresas criativas universitárias.
Com o mesmo pensamento em evolução, Salvador Malo, secretário de educação superior do México, defendeu uma transformação do ensino básico até o doutorado, além do trabalho para aproximar as instituições e torná-las colaborativas. Malo afirmou que o ensino na América Latina está obsoleto e desinteressante, pois não acompanhou as mudanças da sociedade.
Para embasar esse pensamento, o palestrante citou um estudo do pesquisador Manuel Castelli, sobre ocupações e trabalhos, que mostra que os setores primários perderam muito espaço ao longo dos anos e menos de 4% da força está nessa área, em países desenvolvidos. Em comparação, o setor terciário atraiu 70% dos trabalhadores. “Assim, precisamos melhorar os currículos e, em vez de formar eruditos, formar pessoas que saibam fazer, saibam transformar”, disse ele.
O convidado ainda lembrou da conferência da UNESCO que, já em 2009, dizia que o ensino superior deveria passar por uma revolução que intensificaria a competição entre as universidades. Evoluiriam apenas as instituições que pudessem implantar mudanças estruturais na regra do jogo, ou seja, nas formas de ensino.
SERVIÇO
18 FNESP – Fórum Nacional: Ensino Superior Particular Brasileiro
Tema: Destruição criativa na educação superior
Data: 22 e 23 de setembro de 2016
Local: Centro de Convenções Frei Caneca – 5º andar - Rua Frei Caneca, 569 – São Paulo – SP
Informações: fnesp@semesp.org.br
Telefone: (11) 2069-4444
Programa do 18° FNESP
Dia 22
9h00 – Abertura
9h30 - Destruição criativa: destruindo o modelo antigo para a construção do novo
Palestrante: Lueny Morell, diretora de Inovação em Educação Superior, da Innovahied
10h30 – Coffee-break
11h00 - Sistemas educacionais e competitividade: Análise comparativa entre Coreia do Sul, México e Brasil
Palestrantes: Seong Geun Bae, vice-ministro da Coreia do Sul (a confirmar); Salvador Malo, secretário da Educação Superior do México e Maria Helena Guimarães de Castro, secretária executiva do Ministério da Educação.
Presidente de Sessão: Adriano Novaes, diretor da ESAMC Uberlândia
12h30 - Almoço oferecido pelo evento
14h30 - Novos conceitos de organização das Instituições de Ensino Superior
Palestrantes: Thomas Cavanagh, vice-presidente da Distributed Learning University of Central Florida e Johann Löhn, presidente da Steinbeis University
Presidente de Sessão: Gabriel Mário Rodrigues (ABMES)
15h30 - Coffee-break
16h00 - A gestão da IES em tempos de incertezas. Como equilibrar a sustentabilidade, investir na inovação e ser relevante para a sociedade ao mesmo tempo?
Palestrantes: Stefano Barra Gazzola, presidente do Grupo Educacional Unis; Taiguara Langrafe, vice-reitor da Fecap e Priscila Simões, vice-reitora da UniÍtalo
Presidente da sessão: Guilherme Marback, reitor da Unijorge
Debate: 30 minutos
Dia 23
9h00 - Um novo olhar para o Ensino Superior - (Sessões simultâneas)
Sessão 1 - O que a pesquisa Semesp/Instituto Data Popular revelou sobre os anseios dos alunos da classe C e quais os caminhos para engajá-los no ensino superior?
Palestrante: Rodrigo Capelato – diretor-executivo do Semesp
Sessão 2 - Cursos de graduação a distância – Qual a visão dos estudantes sobre o que estamos oferecendo?
Palestrante: Débora Figueiredo - diretora da Folks Netnográfica
Sessão 3 - Redução de custos por meio de Redes de Cooperação
Palestrante: Fábio Reis - diretor de Inovação Acadêmica e Redes de Cooperação do Semesp e professor do UNISAL
10h30 - Coffee-break
11h00 - A IES reinventada - (Sessões simultâneas)
Sessão 1 - Empreendedorismo e o diálogo com o setor produtivo
Palestrante: José Carlos de Souza Jr. - reitor do Centro Universitário Mauá
Sessão 2 - Tecnologias e plataformas adaptativas
Palestrante: Felipe Matos - fundador da Studiare
Sessão 3 - Novos espaços para o aprendizado em qualquer lugar
Palestrante: Oscar Jerez Yanez - diretor do Centro de Ensino e Aprendizagem da Universidade do Chile
12h30 - Almoço oferecido pelo evento
14h00 - Ensino Superior em tempos de mudanças velozes: o que vai acontecer nos próximos anos?
Palestrantes: Marcelo Tas – diretor, jornalista, apresentador de televisão, escritor e roteirista brasileiro; Clóvis de Barros Filho – professor livre-docente da Universidade de São Paulo, palestrante e consultor do Espaço Ética e Rubem Barros – diretor editorial da Revista Educação
Presidente de Sessão: Milton Jung – jornalista e radialista da rádio CBN
Sobre o Semesp
Fundado em 1979, o Sindicato das Mantenedoras de Ensino Superior congrega cerca de 200 mantenedoras no Estado de São Paulo e no Brasil. Tem como objetivo preservar, proteger e defender o segmento privado de educação superior, bem como prestar serviços de orientação especializada aos seus associados. Periodicamente, realiza uma série de eventos, visando promover a interação entre mantenedoras e profissionais ligados à educação. Dentre eles, destacam-se o Fórum Nacional: Ensino Superior Particular Brasileiro, o Congresso Nacional de Iniciação Científica e as Jornadas Regionais pelo Interior de São Paulo. Para saber mais, acesse www.semesp.org.br/portal/ ou www.facebook.com/semesp.
Atendimento à Imprensa:
Ana Purchio / 11 2069-4419 / imprensa@semesp.org.br
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