A segunda edição de China Hoje, já nas bancas, mostra através de um conjunto de reportagens que a presença dos investimentos chineses pelo mundo – e não apenas os investimentos estatais – têm cumprido o importante papel de suprir necessidades e melhorar a infraestrutura dos países, gerando empregos, renda e criando bases para o desenvolvimento.

Como informa artigo de Lan Xinzhen, comentarista da Beijing Review, os investimentos diretos em empresas no exterior saltaram de US$ 2 bilhões no início do século para US$ 102 bilhões em 2014, sendo 56% deste montante de origem privada. Nada menos que 6.128 empresas estrangeiras em 156 países receberam investimentos diretos chineses no ano passado..O fluxo de investimento direto do país para o exterior em setores não financeiros representou um aumento de 14,1% sobre o ano anterior. Por sua vez, os Investimentos Diretos Estrangeiros (IDE) na China totalizaram US$ 119,6 bilhões, crescimento de 1,7% na comparação ano a ano. Considerando-se os reinvestimentos de lucros e os investimentos via terceiros países, o investimento direto da China no exterior foi, pela primeira vez, superior às entradas de investimento no país, o que significa que a China se tornou uma economia com saída líquida de capital.

Outra matéria da revista mostra que desde o início da crise da dívida europeia as companhias chinesas aceleraram o ritmo de investimento na Europa, ganhando destaque nas relações econômicas e comerciais bilaterais. Os novos investimentos não só expandem a influência global chinesa, mas também promovem a recuperação da economia europeia, resultando em ganhos para os dois lados. Em alguns países europeus o investimento chinês é bem recebido, mas há vozes menos favoráveis e até desconfiadas entre a mídia e cidadãos europeus. Para evitar mal-entendidos e preconceitos, as empresas chinesas se confrontaram com a necessidade de aprofundar seu conhecimento sobre as leis e culturas locais e de reforçar a comunicação com a população e os governos europeus.

Em uma perspectiva de longo prazo, a relação bilateral China-Europa tem um futuro brilhante. De acordo com a Eurostat, a agência de estatísticas da Comissão Europeia, entre 2008 e 2012 o estoque de Investimento Direto Estrangeiro (IDE) da União Europeia na China apresentou crescimento estável. Em 2011, o estoque de IDE dos 27 países da UE na China superava € 100 bilhões, subindo para € 118,1 bilhões em 2012, mais que o dobro sobre o total de 2008.

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