Pílula brasileira também suspende a menstruação com segurança
Estudos mostram que pílula anticoncepcional de uso contínuo produzida pela Libbs no Brasil há seis anos não provoca mudanças metabólicas e ainda traz benefícios para a saúde da mulher
Estudos mostram que pílula anticoncepcional de uso contínuo produzida pela Libbs no Brasil há seis anos não provoca mudanças metabólicas e ainda traz benefícios para a saúde da mulher
A Food and Drug Administration (FDA) aprovou esta semana, pela primeira vez nos EUA, a comercialização de uma pílula anticoncepcional de uso contínuo. No Brasil, porém, esse método não é uma novidade. A Anvisa já aprovou, seis anos atrás, um medicamento com a mesma indicação, o Gestinol 28, única pílula combinada de uso contínuo do mercado brasileiro com 28 comprimidos. Produzido pelo laboratório brasileiro Libbs Farmacêutica, o anticoncepcional suspende a menstruação sem provocar mudanças metabólicas e ainda traz benefícios para a mulher que vão além da contracepção.
Estudos comprovam que o uso contínuo da pílula anticoncepcional tem os mesmos efeitos que a pílula tomada com pausa mensal e ainda apresenta diversos benefícios, como a melhora dos sintomas da menstruação, incluindo cólicas muito fortes, enxaqueca e tensão-pré-menstrual, além de diminuir os riscos de câncer de ovário. É o que afirma o Dr. Hugo Maia Filho, professor do Departamento de Ginecologia da Faculdade de Medicina da UFBA (Universidade Federal da Bahia) e diretor de pesquisas do CEPARH (Centro de Pesquisa e Assistência em Reprodução Humana), autor de diversos estudos sobre o Gestinol 28.
Um estudo realizado na Faculdade de Medicina de Jundiaí, denominado Aspectos clínicos e metabólicos da associação contraceptiva etinilestradiol 30 mcg / gestodeno 75 mcg em uso contínuo", publicado pela revista científica norte-americana Contraception, observou que não houve alterações no peso e na pressão arterial das pacientes; houve baixa incidência de efeitos adversos; a taxa de amenorréia (ausência de sangramento) foi crescente sendo que 81,2% das pacientes tiveram a menstruação suspensa no sexto ciclo. Houve redução nos níveis de LDL (colesterol ruim) e aumento do HDL (colesterol bom) e triglicerídeos; houve aumento não significativo nos níveis de insulina e manutenção da glicemia. Isso comprova que, para as mulheres que desejam suspender a menstruação, seja por sintomas apresentados nesse período ou até por questões pessoais, a contracepção contínua pode ser uma opção segura, explicou o médico.
"Em conclusão, pode-se afirmar que o uso contínuo da associação etinilestradiol 30 mcg/gestodeno 75mcg, por 24 semanas, associou-se a efeitos clínicos satisfatórios, com manutenção dos níveis pressóricos e do peso corporal; as alterações metabólicas foram semelhantes às observadas em usuárias de pílulas com pausas mensais e a elevada taxa de amenorréia após o terceiro ciclo de tratamento", afirma o Dr. Hugo Maia. A pesquisa envolveu 45 voluntárias, com idade entre 18 e 35 anos, durante 24 semanas (seis meses).
Segundo o especialista, outro estudo realizado com o Gestinol 28, apresentado em um Congresso na Europa, comprovou mais um benefício desse medicamento: ele é eficaz na prevenção da endometriose, uma doença que atinge uma em cada dez mulheres no mundo todo. O estudo mostrou que 38% das mulheres operadas de endometriose que não utilizaram o contraceptivo voltaram a apresentar cistos endometrióticos, enquanto no grupo tratado com Gestinol 28 não houve nenhuma recorrência. O estudo prova que é possível tratar as dores e prevenir a recorrência da endometriose a partir de um método simples, barato e com poucos efeitos colaterais.
Não é nova a discussão sobre a necessidade da pausa mensal durante o uso de contraceptivos orais combinados. Ela acompanha a pílula desde o início da sua utilização, na década de 60. Muitas mulheres, porém, ainda acreditam que o sangramento tem alguma função, como tentar aproximar ao ciclo menstrual natural, "limpar" o organismo dos hormônios, certificar que não engravidou e prevenir o sangramento inesperado. Segundo o médico, porém, "nenhuma dessas razões têm comprovação científica".
Outras informações sobre esta sugestão de pauta:
Ana Carolina Prieto e Renata Salles
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