Fibras: mitos e verdades
Consumir fibras é a primeira opção no tratamento da prisão de ventre. Fibras naturais, porém, podem trazer transtornos
Consumir fibras é a primeira opção no tratamento da prisão de ventre. Fibras naturais, porém, podem trazer transtornos
Descuidar da alimentação parece estar sendo um mandamento na vida das pessoas que levam a vida atribulada do mundo moderno. Na correria de todos os dias, comer apressadamente um sanduíche, um salgadinho ou deixar de lado as frutas e legumes parece ser a solução. Mas todos sabemos que não é. Comer mal leva a vários problemas, entre os quais a prisão de ventre. A primeira opção para o tratamento desse mal, segundo a Organização Mundial de Gastroenterologia, são as fibras. Além das fibras encontradas em alimentos como frutas, legumes, verduras e farelo de cereais, os quais nem sempre as pessoas conseguem consumir, o mercado nacional oferece essas fibras em duas formas de medicamentos: formulações com as fibras naturais (solúveis e insolúveis) e outro com as sintéticas (fibras insolúveis). Especialistas alertam, porém, para alguns inconvenientes que as fibras naturais podem trazer, como gases e cólicas, pela presença da fração solúvel da fibra.
Comercializadas em pó ou em cápsulas, as fibras naturais mais comumente encontradas no Brasil são o Plantago ovata (Psyllium), o guar gum e o ágar-ágar. Já as fibras sintéticas ? no Brasil, a policarbofila cálcica, comercializada pela Libbs Farmacêutica em forma de comprimidos ? são fibras que não ocorrem naturalmente, sendo fruto de síntese química. Tanto as naturais como as sintéticas atuam como formadoras de bolo fecal e retêm água, mantendo as fezes hidratadas e aumentando fisiologicamente o volume das fezes e a freqüência das evacuações. Além desse efeito hidratante, o volume adicionado ao bolo fecal pela presença das fibras facilita a geração de ondas peristálticas por distensão das paredes do intestino, o que contribui para o alívio da prisão de ventre.
A policarbofila cálcica possui alta capacidade de retenção de água ? três a quatro vezes maior que o Psyllium ? e tem se mostrado muito eficaz, com a vantagem de provocar menos gases ou cólica. ?A policarbofila cálcica não é metabolizada pela flora bacteriana do cólon, como acontece com fibras solúveis (naturais). Essa metabolização bacteriana no cólon gera produtos gasosos como o hidrogênio e metano, além de substâncias voláteis como os ácidos acético, butírico e propiônico. Estes se acumulam no intestino originando a sensação de distensão abdominal, flatulência e cólicas. Já a policarbofila, por ser um polímero sintético, não é quebrada por enzimas digestivas ou bacterianas, e é excretada intacta nas fezes, sem nenhuma biotransformação. Desse modo, não são gerados, gases ou substâncias voláteis no intestino grosso?, explica o Dr. Flávio Antonio Quilici, médico gastroenterologista e professor titular da Faculdade de Medicina da PUC-Campinas. Além disso, a fibra sintética proporciona excelente tolerabilidade, tem ação rápida como incrementadora do bolo fecal e permite maior adesão ao tratamento, adequando-se ao perfil do paciente que se queixa da constipação causada por uma alimentação sem qualidade devido à falta de tempo. A policarbofila cálcica por ser oferecida em comprimidos é também, muito prática e de fácil ingestão, devendo ser utilizada junto às refeições, representando um complemento alimentar rico em fibras.
Difundidas erroneamente como produtos que não causam efeitos colaterais, as fibras naturais industrializadas, na verdade, podem trazer alguns inconvenientes, como a sensação de estômago pesado e estufado, além de cólicas. Quem explica tal efeito é o Dr. Lino Rodrigues Júnior, médico gastroenterologista: ?As fibras naturais retêm água independente do pH do meio em que se encontram, seja neutro, ácido ou básico. Assim sendo as fibras costumam ?inchar? e aumentar sua viscosidade enquanto ainda se encontram no estômago, onde o pH é ácido, levando à sensação de empachamento epigástrico. Já a policarbofila cálcica, em condições ácidas, absorve muito menos água, enquanto que no intestino, onde o pH é básico, atinge seu poder hidrofílico total, absorvendo setenta vezes seu peso em água. Isso permite minimizar a sensação de empachamento?.
Outra desvantagem da fibra natural é sua ação lenta e pouca praticidade ? quando em pó, necessita de diluição em água para ser ingerida. Segundo artigo publicado por Ivan E. Danhof na revista Pharmacotherapy, enquanto o Psyllium aumenta em 10% a freqüência de evacuações, a policarbofila cálcica aumenta essa freqüência em 35%. Quanto ao volume fecal, o Psyllium proporciona um aumento de 40%; já a policarbofila cálcica aumenta o volume das fezes em 65%.
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