Prisão de ventre em gestantes beira os 40%
Alteração hormonal e aumento do útero no decorrer da gravidez são as principais causas. Recorrer a chás laxativos pode prejudicar a saúde da mãe e do bebê.
Alteração hormonal e aumento do útero no decorrer da gravidez são as principais causas. Recorrer a chás laxativos pode prejudicar a saúde da mãe e do bebê
O problema é relativamente comum. Duas em cada três mulheres grávidas sentem o sintoma. Algumas só percebem que estão esperando um bebê ao detectar o sinal. É a prisão de ventre, também conhecida por constipação intestinal. Mais comum a partir do segundo trimestre da gestação, a doença acomete 38% das grávidas, segundo estudos que nortearam o mais recente consenso sobre o tratamento da constipação intestinal na gestante, publicado na Europa.
A prisão de ventre em gestantes tem duas causas mais comuns. Segundo o Dr. Flávio Antonio Quilici, professor titular de Gastroenterologia da Faculdade de Medicina da PUC Campinas, ?a alteração hormonal nesse período e o aumento do útero no decorrer da gravidez tornam o intestino mais lento?. Durante a gestação, a concentração de progesterona se intensifica e atua sobre as fibras lisas da parede intestinal, fazendo com que elas tirem o pé do acelerador. Essa transformação, aliada à pressão do útero sobre os intestinos torna a ida ao banheiro ainda mais demorada ou menos freqüente.
Se a alimentação da futura mamãe for pobre em fibras e em líquidos, o problema se agrava ainda mais. ?Na gravidez, a retenção de líquido pelo organismo é maior, tornando as fezes mais secas. Isso dificulta sua passagem pelo intestino?, explica Dr. Flávio. Por isso, a indicação médica para o tratamento da constipação passa, sobretudo, por uma boa alimentação (veja dicas abaixo). A prática de exercícios físicos também pode auxiliar no combate à prisão de ventre. ?A atividade física estimula o peristaltismo (movimento intestinal) e ajuda na mobilidade do intestino?, ressalta.
Quando a mudança no estilo de vida não funciona, os médicos precisam lançar mão dos medicamentos. ?Muitas grávidas recorrem aos chás laxativos, pensando que por serem ?naturais? não causam problemas à saúde. Pelo contrário. O chá de sene, por exemplo, causa cólicas e sensação de distensão abdominal (estufamento) na gestante?, alerta Dr. Flávio. Ele acrescenta que ?como atuam estimulando diretamente os plexos mioentéricos do intestino, os chás são considerados laxantes irritantes e, por transporem a placenta, podem agir na criança ainda em gestação. Se utilizados no puerpério (período pós-parto), através do leite materno, atingem o recém-nascido?.
Entre as opções seguras para o tratamento do sintoma estão os laxantes formadores de massa, que estimulam o trânsito intestinal. O macrogol 3350 foi indicado recentemente pelo consenso europeu ? baseado em estudos clínicos em vários centros da Europa ? como ideal para o uso em gestantes e no puerpério, por não ser absorvido pelo organismo. Aliado a uma boa alimentação e exercícios físicos, o medicamento oferece uma melhor qualidade de vida às futuras mamães.
Comercializado exclusivamente pela Libbs Farmacêutica com o nome de Muvinlax, o macrogol 3350 possui uma nova forma da substância chamada polietilenoglicol (PEG). Acrescida de eletrólitos, possui uma alta capacidade de retenção de água nas fezes, reduzindo sua consistência e facilitando sua eliminação. A composição do medicamento não altera a absorção de alimentos e bebidas pelo organismo e reduz o risco de desidratação e distúrbios eletrolíticos. Por causa dessas características, o macrogol 3350 tornou-se o primeiro produto aprovado pela Food and Drug Administration (FDA), órgão do governo norte-americano que controla a qualidade de alimentos e remédios, para o tratamento da prisão de ventre.
Comer ou não comer
Uma boa dieta alimentar é uma excelente pedida para evitar a prisão de ventre durante a gravidez. A ingestão de líquidos e de fibras alimentares aumentam a concentração das fezes, facilitando sua eliminação. Confira as indicações:
- Beba de 8 a 12 copos (2 a 3 litros) por dia. Água, sucos naturais e água de coco são boas opções. Evite refrigerantes e bebidas gasosas.
- Coma frutas que formam resíduo, como mamão, ameixa e melão. Evite banana, maçã e goiaba, que são constipantes. Prefira sua ingestão com iogurte, cereais e aveia.
- Aumente o consumo de fibras. Use cereais e grãos
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Ana Carolina Prieto e Renata Melo
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