Aeroporto de Itajubá é de responsabilidade do Estado de Minas Gerais, explica presidente da Helibras

Veículo: Conexão Itajubá
Data de publicação: 09.10.2013
A Helibras está atualmente com a sua linha de produção a “pleno vapor”, nas palavras do próprio presidente, Dr. Eduardo Marson. A empresa que tinha uma linha de produção projetada para 12 helicópteros ao mesmo tempo, hoje trabalha com 17 e ainda há outros 3 em testes de voo. Isso significa que já são 20 do lote de 13 helicópteros que a empresa tem a obrigação de entregar em 2014.
É também uma obrigação da empresa atingir um percentual mínimo de 50 % de valor agregado brasileiro. Atualmente a Helibras possui helicópteros que começaram na França e estão sendo terminados aqui no Brasil, outros que possuem pouco valor agregado francês e a maior parte brasileiro e ainda outros que possuem apenas sua célula de origem francesa.
Depois de produzir os helicópteros para o exercito, marinha e aeronáutica, o desafio agora é tornar essa linha de produção sustentável, explica o presidente. Já existem perspectivas da produção civil dos helicópteros, o que é primordial, já que é esse helicóptero que vai atender as plataformas de petróleo, comenta. Também há perspectivas de continuidade da versão militar.
Como o mercado é crescente, inclusive internacionalmente, há expectativa de que a Helibras continue expandindo sua fábrica, mas essa situação, conforme comenta o Dr. Eduardo Marson, depende da evolução do tempo e do mercado. “Neste momento nós temos uma fábrica que é suficientemente flexível para acomodar várias situações e vários tipos de aeronaves diferentes”, diz. Em termos de expansão para fora de Itajubá, há de fato a preocupação em termos de proximidade com o cliente para manutenção. Além da base de São Paulo, existe um planejamento para criar outras bases para manutenção.
Sobre o aeroporto, o presidente conta que já no início das obras de expansão da fábrica, em 2010, a empresa assinou um protocolo juntamente com o Governo do Estado de Minas Gerais representado por 12 secretarias, o Governo Municipal e a UNIFEI, onde diversas obrigações das partes foram determinadas.
Da parte da Helibras, a obrigação era de investir no mínimo 400 milhões de reais e contratar pelo menos 300 pessoas, o que já foi atingido e ultrapassado. O Governo de Minas tinha como obrigação construir um aeroporto na região. As razões envolvem a promoção de integração, essencial para uma empresa desse ramo e também a realização dos testes de voo, já que o novo helicóptero produzido pesa pelo menos 5 toneladas (11 no seu máximo) e não pode ser testado em pistas de grama como os outros. Hoje, para a realização dos testes, na melhor das hipóteses há a necessidade de locomoção até Pouso Alegre ou São José dos Campos, o que é muito custoso.
As obras da pista que já estavam iniciadas, no entanto, foram interrompidas por questões ligadas ao meio ambiente. A entrega da pista agora está muito atrasada em comparação às obras da Helibras e o presidente conta que tem uma reunião marcada com o Governador de Minas para discutir a situação.
A Helibras nunca impôs nada com relação à localização ao aeroporte, portanto não há problema em considerar uma outra área para sua construção, mas destaca Mason, Itajubá merece essa obra. Uma vez pronta, a pista poderá ser usada pela comunidade, pois se trata de um aeroporto público e toda obrigação é do Estado de Minas.
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